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Covid-19: estudo mostra como doença afeta crianças e adolescentes

Levantamento realizado pelo CDC, dos Estados Unidos, revela que os adolescentes são o grupo mais afetado dentro da população com menos de 18

atualizado

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1 de 1 coronavírus - Foto: Fusion Medical Animation/Unsplash

Bebês, crianças e adolescentes de até 18 anos correm menos riscos de desenvolver a Covid-19, mas as infecções costumam ser mais graves entre os bebês com menos de 1 ano. É o que revelou o maior estudo já realizado com esse recorte sobre o novo coronavírus, divulgado na segunda-feira (06/04) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

Segundo o levantamento, 22% da população estadunidense é composta por bebês, crianças e adolescentes na faixa etária. Três pacientes pediátricos do país não resistiram ao novo coronavírus.

A pesquisa, realizada entre 12 de fevereiro e 2 de abril, com aproximadamente 150 mil pacientes da Covid-19, mostrou que apenas 1,7% (2,5 mil) dos casos acometeram crianças e adolescentes. Entre os infectados com menos de 18 anos, 73% apresentaram febre, tosse ou falta de ar. Dor de garganta, dor de cabeça e diarreia foram menos comuns nesse grupo.

Adolescentes de 15 a 17 anos representam quase um terço dos casos pediátricos no país (32%), seguidos por crianças de 10 a 14 anos (27%); pelos bebês com menos de 1 ano (15%); as crianças de 1 a 4 anos (11%); e as de 5 a 9 anos (15%). Os meninos foram os mais atingidos pela doença: 57% dos casos registrados.

“Isso não é nada comum; simplesmente não sabemos o que está acontecendo aqui”, disse a doutora Yvonne Maldonado, professora de pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford ao site da revista Time. Ela explica que as doenças respiratórias provocadas por vírus como o da gripe geralmente afetam mais as pessoas com o sistema imunológico mais frágil, as crianças e os idosos.

Neste caso, o mistério é o fato de as crianças não serem tão atingidas. Por outro lado, essa seria a resposta para o maior número de casos de internação entre os bebês. “Sabemos que as respostas imunológicas das crianças evoluem com o tempo. No primeiro ano de vida, as crianças não têm a mesma resposta imunológica robusta que as crianças mais velhas e os adultos”, completou.

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