Covid-19: empresas nacionais vão ampliar produção de respiradores
Ministro da Saúde explica que outras áreas da indústria se uniram para redimensionar a produção de pequenas unidades
atualizado
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O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou, em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (08/04), que o governo conseguiu fechar o primeiro contrato com a indústria brasileira para a produção de respiradores.
O equipamento é imprescindível para pacientes infectados pelo coronavírus que estão em situação grave e é procurado por vários países para atender a própria população. O governo tem tido muita dificuldade em fechar contratos internacionais com a China, principal produtora mundial de equipamentos hospitalares.
“Temos basicamente quatro empresas que produziam uma pequena quantidade de respiradores. Uma delas poderia nos entregar entre 400 e 500 respiradores até o fim do ano”, explica o ministro. Porém, depois de uma união com outras áreas da indústria – como as de circuitos e até aviões – essas empresas foram redimensionadas e vão entregar pelo menos 6.500 respiradores em 90 dias. “É uma solução brasileira, conseguimos ter essa luz”, disse Mandetta.
O trabalho foi uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Economia, que fizeram um extenso mapeamento do parque industrial brasileiro para descobrir quem poderia ajudar na produção dos equipamentos. Serão, ao fim do contrato, sete mil respiradores de UTI e sete mil de transporte. Apesar de toda a mobilização, o país ainda precisa de algumas peças internacionais para montar os produtos, e o Ministério das Relações Exteriores está auxiliando o processo.