Covid-19: corticoide diminui tempo em respirador artificial, diz estudo
Pesquisa feita no Brasil demonstrou que dexametasona contribui para que pacientes necessitem de suporte respiratório por menos tempo
atualizado
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Publicado nesta quarta-feira (2/9), no periódico científico Journal of the American Medical Association (JAMA), um estudo brasileiro que analisou a eficiência da dexametasona no tratamento de pacientes graves da Covid-19 trouxe novidades promissoras.
De acordo com o trabalho, o uso do corticoide no tratamento foi capaz de reduzir a necessidade de respirador artificial entre os pacientes internados. Os que fizeram uso do medicamento ficaram média de 6,6 dias sem necessitar de suporte respiratório. Entre os que não fizeram uso, o tempo sem respirador foi de apenas quatro dias.
Quanto mais cedo se retira o respirador artificial menor é o risco de complicações decorrentes da permanência na UTI. A alta hospitalar da unidade de terapia também é mais precoce, com a liberação de leitos e economia de recursos humanos e financeiros.
O estudo sobre a dexametasona foi feito por uma coalização de centros médicos de ponta do país, que inclui o Hospital Israelita Albert Einstein, o HCor, o Hospital Sírio-Libanês, o Hospital Moinhos de Vento, o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e a Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).
Outras pesquisas
Além do estudo nacional, a edição do Jama trouxe ensaios clínicos de outros 11 países que evidenciam a eficiência de corticoides no tratamento de casos graves da Covid-19.
