Covid-19: China aprova vacina experimental para uso em Forças Armadas
Governo do país deu autorização especial para que método de imunização fosse aplicado em militares
atualizado
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O governo chinês autorizou o uso experimental de uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa CanSino Biologics em parceria com o Instituto de Biotecnologia de Pequim, que integra a Academia de Ciências Médicas Militares do país. A permissão especial da Ad5-nCoV terá um ano de duração e será destinada apenas para o uso nos militares das Forças Armadas do país, sem lançamento comercial.
A aprovação especial foi concedida em 25 de junho, mas a medida só foi anunciada nessa segunda-feira (29/06), em um comunicado feito pela CanSino na Bolsa de Valores de Hong Kong. Ainda não foi informado quando ela poderá ser distribuída para a população.
As duas primeiras fases de testes da vacina em humanos foram concluídas e demonstraram “bom perfil de segurança”, segundo a empresa. Os resultados da primeira etapa foram publicados na revista científica The Lancet em maio.
Na fase inicial, 108 adultos saudáveis com idade entre 18 e 60 anos foram voluntários. A maioria das reações adversas relatadas foi de gravidade leve ou moderada. Mais da metade das pessoas (54%) declararam dor no local da aplicação. Também tiveram casos de febre (46%), fadiga (44%), dor de cabeça (39%) e dor muscular (17%).
Outra candidata à vacina desenvolvida pelo China National Biotec Group (CNBG) também vem apresentando bons resultados em ensaios clínicos. Após realizar testes com 1.120 voluntários saudáveis, a empresa afirmou no domingo (28/06) que a vacina pode ser segura e eficaz contra o novo coronavírus.
Uma terceira candidata à vacina desenvolvida na China está iniciando testes clínicos no Brasil em um acordo com o Instituto Butantan, de São Paulo. O método de imunização apelidado de Coronavac é desenvolvida pelo laboratório Sinovac Biotech (Com informações da CNN).