Covid-19: Brasil faz 7 mil exames/dia e tem fila de 160 mil diagnósticos
Ministério da Saúde divulgou informações sobre a testagem na rede pública, mas os dados do Distrito Federal e do Acre não estão na conta
atualizado
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Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (21/05), o Ministério da Saúde divulgou que 423.438 exames de coronavírus do tipo PCR foram executados no país até o dia 20/05. O número representa 72% do total de testes solicitados. Segundo a pasta, 161.869 exames ainda não foram processados.
Os dados do Distrito Federal não foram incluídos na conta, uma vez que a unidade da Federação não usa o sistema GAL, que é a plataforma do governo que junta os dados dos estados. As informações do Acre também não fazem parte do número e ainda estão sendo atualizadas.
Segundo o ministério, 49,5% dos exames foram processados em até dois dias, e 24,2% entre três e cinco dias. Na média, 75% dos testes foram analisados em até cinco dias.
Até o momento, 3.087.184 exames foram distribuídos para os laboratórios centrais dos estados (LACEN) e 2.663.746 estão em estoque.
Capacidade de processamento
Segundo Grace Madeline, diretora substituta do Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde, os laboratórios atualmente fazem, em média, sete mil exames por dia.
“Partimos de zero exames e tivemos um crescimento geométrico na capacidade de processamento desde que fizemos a capacitação dos laboratórios. Estamos com novas propostas para implementar a estrutura de diagnóstico laboratorial no país“, diz.
Eduardo Macário, diretor do Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis, explica que o ministério remanejará os testes para laboratórios que tenham capacidade maior.
“A parceria pública-privada vai ser um reforço para dar a capacidade de analisar mais casos e será divulgada nos próximos dias. Vamos reduzir a sub-notificação e entender a situação real do Brasil”, diz. Macário afirma ainda que os técnicos da pasta estão criando uma estratégia integrada de vigilância para testar e fazer o monitoramento de casos e contatos. “Não iremos testar por testar. Vamos dar um passo adiante. Não basta aumentar a capacidade, precisamos agir com inteligência.”