Covid-19: Brasil estuda eficácia da dexametasona em pacientes internados
Corticoide anunciado como 1º remédio capaz de reduzir número de mortes provocadas pelo coronavírus está em teste em 40 hospitais do país
atualizado
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O uso da dexametasona – medicamento capaz de reduzir o número de óbitos em pacientes com Covid-19, segundo pesquisadores ingleses – também está sob avaliação no Brasil.
Um estudo coordenado pelo Hospital Sírio-Libanês, em parceria com o Aché Laboratórios, já está em andamento com grupos de 40 unidades hospitalares do país. O objetivo é aferir a segurança e eficácia do tratamento com o corticoide contra o novo coronavírus.
A pesquisa brasileira começou em abril e já recrutou pouco mais de dois terços dos 350 pacientes previstos para fazer parte do estudo clínico. O medicamento está sendo administrado em pessoas com síndrome do desconforto respiratório agudo que necessitam de ventilação mecânica e estão internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs). Os primeiros resultados devem sair em agosto.
Oxford
Nesta terça-feira (16/06), o Reino Unido anunciou que a dexametasona entraria no protocolo de atendimento a casos graves de Covid-19 depois de resultados positivos obtidos em uma pesquisa realizada pela Universidade de Oxford.
A informação divulgada à imprensa foi a de que o tratamento conseguiu redução de 35% no número de mortes em pacientes que utilizaram respiradores e de 20% para os que precisaram de outros tipos de suporte respiratório. O estudo contou com 2.104 pacientes que receberam o medicamento comparados a um grupo controle (que não tomou o remédio) de outros 4.321 doentes. A pesquisa inglesa ainda não foi publicada em periódicos científicos.
De acordo com os cientistas, o corticoide seria o primeiro remédio do mundo a demonstrar eficácia para reduzir as mortes provocadas pelo coronavírus.