Covid-19: associação médica vê jogo político e defende a hidroxicloroquina
Em nota pública, a AMB resguarda a autonomia dos médicos para receitar o fármaco contra o novo coronavírus, com anuência do paciente
atualizado
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Dois dias depois de a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) recomendar que a “hidroxicloroquina deve ser abandonada em qualquer fase do tratamento da Covid-19”, a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgou uma nota pública em que defende o uso do fármaco, desde que haja clara concordância entre o médico e o paciente.
A diretoria da AMB entende que há motivação política na perseguição à hidroxicloroquina. “Muitos sairão da pandemia apequenados, principalmente médicos e entidades médicas que escolherem manipular a ciência para usá-la como arma no campo político-partidário”, diz parte do texto da associação.
A AMB entende que os estudos realizados até o momento com a hidroxicloroquina não são “seguros, robustos e definitivos sobre a questão”. No entendimento dela, as pesquisas feitas em todo o mundo podem não chegar a uma conclusão antes do fim da pandemia.
Por esse motivo, defende que a hidroxicloroquina não seja boicotada pela saúde. “É importante lembrar que o uso off label de medicamentos é consagrado na medicina, desde que haja clara concordância do paciente. E que, sem a prática do off label, diversas doenças ainda estariam sem tratamento. Não se trata de apologia a este ou àquele fármaco. Trata-se de respeito aos padrões éticos e científicos construídos ao longo dos séculos.”