Covid-19: América Latina é novo epicentro, e Brasil preocupa mais, diz OMS
Representante da Organização Mundial de Saúde, Michael Ryan, afirmou que a agência tem dado “assistência direta” aos estados mais afetados
atualizado
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O diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou nesta sexta-feira (22/05) que a América do Sul se tornou o novo epicentro da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. E ressaltou que o cenário brasileiro é um dos mais preocupantes entre os vizinhos.
Ao ser questionado especificamente sobre a situação da enfermidade no Brasil, durante entrevista coletiva virtual, Ryan frisou que a entidade reconhece a gravidade do avanço do vírus no país, neste momento, e afirmou que tem dado “assistência direta” a vários estados. Na ocasião, ao citar alguns dos locais mais afetados, o diretor comentou o quadro da doença em São Paulo, unidade da Federação mais atingida em números absolutos, e Amazonas; proporcionalmente ao tamanho da população.
O Brasil registrou, nessa quinta-feira (21/05), recorde de mortes diárias, com 1.188 óbitos em 24 horas, de acordo com balanço do Ministério da Saúde. O país ultrapassou a marca de 20 mil vítimas fatais da doença e 300 mil infectados.
Michael Ryan disse também que a OMS está ciente da orientação do governo federal sobre o uso da hidroxicloroquina. Nesta semana, o Ministério da Saúde publicou protocolo que prevê o uso de cloroquina e da hidroxicloroquina desde os primeiros sinais da Covid-19. “Estudos e evidências clínicas não apoiam o uso da hidroxicloroquina para a Covid-19”, enfatizou o diretor da OMS.
Diretora técnica da entidade, Maria Van Kerkhove acrescentou que é necessário proteger a população vulnerável. “Há uma desproporção no risco. Todos os países têm suas populações vulneráveis, e estamos vendo maior impacto nesse grupo. Isso tem a ver com as condições de base. Precisamos trabalhar para garantir que as pessoas tenham acesso à saúde, aos testes e à informação, para impedir maior número de infecções e de mortes.” (Com informações da Agência Estado)