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Covid-19: 60% das pessoas não têm sintomas uma semana antes do diagnóstico

Estudo inglês com mais de 1 milhão de pessoas chama atenção para a importância da testagem em massa para conter o avanço do coronavírus

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Homem com máscara, óculos, touca e luva mostrando um tubo de ensaio
1 de 1 Homem com máscara, óculos, touca e luva mostrando um tubo de ensaio - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma pesquisa feita pelo Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido mostrou que mais de 60% das pessoas com coronavírus não apresentaram sintomas uma semana antes do diagnóstico. Ao todo, 1.147.374 voluntários foram testados para Covid-19 e responderam a questionários.

Os dados fazem parte do levantamento React-1, que realiza testes RT-PCR em mais de 150 mil pessoas por mês no país desde junho de 2020. A última atualização do estudo havia sido divulgada em janeiro deste ano e aguarda revisão de outros cientistas para a publicação na revista científica British Medical Journal.

De todas as pessoas avaliadas, 6.451 testaram positivo para o coronavírus. Entre os infectados, 3.881 (60,2%) não apresentaram nenhum dos 26 sintomas considerados parâmetros para Covid-19 na semana anterior ao diagnóstico.

Os quatro sintomas clássicos da Covid-19 — perda de olfato, perda de paladar, tosse persistente e febre — não foram manifestados por 1.198 participantes infectados, o equivalente a 18,6% da amostra. Os demais 1.372 doentes (21,3%) informaram ter sentido pelo menos um desses sintomas na semana anterior ao resultado positivo.

Entre as crianças e adolescentes de 5 a 17 anos com Covid-19, o sintoma mais comum foi a dor de cabeça. Nos adultos infectados de 18 a 54 anos, os sinais mais frequentes foram febre, tosse, perda de apetite e dores musculares. Em todas as faixas etárias, os calafrios foram indicativos de contaminação.

Assintomáticos e as novas variantes do coronavírus

De acordo com o trabalho, a variante B.1.1.7, detectada pela primeira vez no Reino Unido, foi responsável por mais de 80% das infecções no país em janeiro de 2021. Em novembro, a mutação respondia por 16% dos casos, o que indica que a cepa se tornou dominante no Reino Unido.

A maioria dos infectados pela cepa britânica relatou mais episódios de tosse que os contaminados pelo coronavírus “tradicional”. Em contrapartida, estes pacientes foram menos propensos a apresentar perda ou mudança de paladar e/ou olfato.

Segundo os pesquisadores, a alta prevalência de pacientes assintomáticos faz com que muitos infectados por Sars-CoV-2 não sejam detectados — consequentemente, eles não podem ser rastreados, o que contribui para o avanço do coronavírus.

“Ao mesmo tempo em que se amplia a disponibilidade de testes entre pessoas sintomáticas, deve se considerar o teste direcionado de indivíduos não sintomáticos, por exemplo aqueles em áreas de alta prevalência [da doença]”, sugerem os especialistas.

Para aumentar o controle de indivíduos infectados, os pesquisadores defendem que sintomas não clássicos sejam incluídos nos critérios para testagem, como calafrios, dor de cabeça, dores musculares e perda de apetite. Manter cuidados como distanciamento social e uso de máscaras também é crucial, pois estudos prévios demonstraram que assintomáticos carregam carga viral tão alta quanto a de pacientes com sintomas.

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