Corredora perde perna ao ser infectada por bactéria que destrói músculos
Emma Doherty, uma corredora dos Reino Unido, lida há dois anos com tratamentos das feridas causadas e que tinham 98% de chances de matá-la
atualizado
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Uma mulher do Reino Unido vive um pesadelo depois de 85% dos seus músculos serem destruídos por bactérias, o que levou à amputação de sua perna esquerda. A corredora Emma Doherety, 37, foi infectada no hospital durante o tratamento de uma infecção generalizada (sepse) e chegou a ter menos de 2% de chance de sobreviver.
A mulher foi diagnosticada com fasciíte necrosante, uma infecção bacteriana que causa a morte dos músculos do corpo e se espalha rapidamente. “Era possível ver até meus ossos”, escreve, na campanha on-line para arrecadar fundos para seu tratamento.
“A doença se espalhou pelos meus braços, pernas e estômago. Fiquei com feridas e cicatrizes horrorosas, minha perna esquerda foi amputada e meu estômago hoje em dia só tem 2 milímetros de espessura. Meu pé direito está tão deformado que não consigo usar sapatos normais. Me cubro do pescoço aos dedos dos pés todos os dias — ver a situação do meu corpo me deixa deprimida e já tive pensamentos suicidas”, conta Emma.
A mulher foi infectada em fevereiro de 2021. A fasciíte necrosante é uma infecção bacteriana causada por seis bactérias diferentes, muitas vezes conjugadas, e é potencialmente fatal, uma vez que se espalha pelos músculos e órgãos. A doença destrói a musculatura, causando dor intensa, e o tratamento precisa ser feito com a remoção de toda a área afetada, além do uso de antibióticos.
Segundo um estudo de caso publicado por enfermeiros goianos em 2017, a fasciíte geralmente é contraída por infecções de feridas abertas. O contato com as bactérias pode acontecer até por meio de cáries.
Não se sabe exatamente como Emma foi infectada, mas o quadro é tão grave que os médicos chegaram a pedir que a mãe dela pensasse em eutanásia. “Eles disseram que eu não teria qualidade de vida nenhuma caso sobrevivesse”, completou.
Vaquinha para ajudar
Emma sobreviveu e encontrou formas de levar a vida mesmo com seu estado de saúde frágil. Porém, ela ainda espera cirurgia de reconstrução do estômago e, por sua limitação motora, a mulher está impedida de trabalhar.
Em 2022, a saúde da mãe de Emma se debilitou e ela não pode mais ser responsável pelo cuidado da filha. Agora, Emma busca ajuda econômica na internet para comprar uma cadeira de rodas eletrônica, além de instrumentos que permitam adaptar sua casa para que ela viva de maneira mais independente.
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