Coronavírus: UE anuncia restrição a viagens por 30 dias
Passeios não essenciais serão barrados para conter o número de casos. Prazo pode ser prorrogado e exceções serão avaliadas caso a caso
atualizado
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A União Europeia pretende impor restrição a viagens não essenciais durante 30 dias, para desacelerar a transmissão do coronavírus no continente. O anúncio foi feito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em vídeo divulgado nesta segunda-feira (16/03) em seu Twitter.
“De um lado temos de proteger as pessoas da disseminação do vírus e, ao mesmo tempo, garantir que mantenhamos o fluxo de produtos”, afirmou ela.
Von der Leyen disse que a Comissão Europeia propôs “vias rápidas” para dar prioridade ao transporte de produtos essenciais, “notadamente alimentos e produtos emergenciais”, para garantir a continuidade econômica.
A autoridade disse que, com menos viagens possíveis, fica mais fácil conter o número de casos de coronavírus. Com isso, ela propôs aos chefes de estado a introdução de restrições a viagens não essenciais para a UE. “Isso deve ser imposto por 30 dias, podendo ser prorrogado”, afirmou, dizendo que pode haver exceções, como para moradores de longo prazo, familiares de cidadãos da região e diplomatas, bem como médicos e outros profissionais de saúde que ajudam no combate à doença.
Ela comentou que as medidas podem ajudar a desacelerar a disseminação do vírus. “Somos duramente afetados”, lembrou, mencionando que o sistema de saúde da Europa “está sob forte pressão”.
“Pessoas que transportam bens também devem ser isentos”, afirmou, para garantir o fluxo de produtos, sobretudo os essenciais, como alimentos e remédios. “Para ser eficaz, as restrições devem ser adotadas também pelos países que não são membros da zona de Schengen”, recomendou, em uma aparente referência ao Reino Unido e à Irlanda.
Von der Leyen disse ainda que há discussões com os líderes de G-7 sobre medidas para apoiar a economia. Na UE, ela comentou que a intenção é que exista ajuda de todos os países, “em níveis sem precedentes”, para garantir a liquidez das empresas, “e há mais por vir”, afirmou ela.