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Coronavírus também pode atacar cérebro de doentes, dizem médicos

Inflamações no sistema nervoso central foram detectadas em pacientes com doenças neurológicas graves nos Estados Unidos, Itália e China

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Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra não apontando com caneta para exame de ressonância magnética de cérebro estado catatônico - Metrópoles - Foto: haydenbird/GettyImages

Médicos dos Estados Unidos, Itália e China estão atentos ao comportamento do novo coronavírus em pacientes com doenças neurológicas pré-existentes. Ainda que raros, há relatos de pessoas que manifestaram complicações cerebrais como confusão mental, perda temporária da capacidade de fala, desorientação e letargia depois de infectadas pelo novo vírus.

Um homem de 74 anos da Flórida, diagnosticado com o vírus e com histórico de mal de Parkinson e doença pulmonar crônica, teve convulsões e ficou sem falar temporariamente. Os sintomas levaram os médicos a levantarem a possibilidade de encefalite, uma condição que pode surgir como resultado de traumas ou infecções virais ou bacterianas graves.

Uma paciente de 58 anos estava confusa, desorientada e letárgica quando chegou ao hospital de Detroit, também nos EUA, com tosse e febre – sintomas característicos do novo coronavírus. Exames mostraram que o cérebro dela tinha lesões ou sangramentos no tálamo e nos lobos temporais, região responsável pela consciência, memória e sensações.

A paciente foi submetida a uma bateria de exames para descartar outras hipóteses como vírus da varicela (catapora) e o vírus do Nilo Ocidental, que deram negativo. Decidiram fazer o teste para coronavírus, que deu positivo.

Ao jornal The New York Times, a neurologista Elissa Fory, disse que as complicações cerebrais podem ser tão devastadoras quanto uma doença pulmonar grave.

Casos desse tipo também foram identificados em outros países. Pacientes do norte da Itália com condições neurológicas pré-existentes ou desenvolvidas estão sendo encaminhados para o hospital da Universidade de Brescia, onde foi criada a unidade NeuroCovid. (Com informações do Daily Mail)

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