Coronavírus se tornou mais contagioso após mutações, dizem cientistas
Cientistas apontam cepa específica do Sars-CoV-2 como capaz de se espalhar mais rapidamente e provocar a segunda infecção
atualizado
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Um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional Los Alamos, no Novo México, nos Estados Unidos, identificou 14 mutações do novo coronavírus. Uma delas, batizada como D614G, se tornou dominante em várias partes do mundo e se mostra mais contagiosa do que a original que circulou em Wuhan, na China.
Os dados foram coletados a partir de 6 mil amostras de coronavírus de todo o mundo e revelaram que, além de se espalhar rapidamente entre a população, a cepa é capaz de provocar uma segunda infecção nos pacientes.
A nova mutação foi identificada em fevereiro, em pessoas contaminadas na Europa e depois em moradores da costa leste dos Estados Unidos. Desde março, ela tem sido a mais frequente no mundo.
“A história é preocupante, pois vemos uma forma modificada do vírus emergindo rapidamente e, durante o mês de março, se tornando a forma pandêmica dominante”, escreveu a bióloga computacional de Los Alamos, Bette Korber, em suas redes sociais. “Quando vírus com essa mutação entram na população, eles rapidamente começam a dominar a epidemia local e, portanto, são mais transmissíveis”, completou.
O estudo foi publicado na última quinta-feira (30/04), no site BioRxiv e ainda precisa ser revisado por pares – procedimento importante para garantir sua credibilidade. Os pesquisadores, entretanto, consideraram importante antecipar as informações pois elas podem ser úteis na criação de medicamentos e vacinas contra o coronavírus. (Com informações do Los Angeles Times)