Coronavírus: poluição pode ter contribuído para mortes na Itália
Estudo sugere ligação entre a alta taxa de mortalidade no norte da Itália e o nível de poluição do ar da região
atualizado
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Um estudo realizado pelas Universidades de Aarhus, na Dinamarca, e de Siena, na Itália, sugere uma ligação entre a alta taxa de mortalidade causada pelo coronavírus no norte da Itália e o nível de poluição do ar da região. O artigo foi publicado na revista científica Environmental Pollution.
Os pesquisadores observaram que a taxa de mortalidade do norte do país – na região da Lombardia e da Emília-Romanha – é de até 12%, enquanto a do restante do território italiano é de 4,5%. E, ao comparar com dados sobre a qualidade do ar, perceberam níveis muito altos de poluição de nas duas regiões.
De acordo com o grupo, como as regiões do norte da Itália vivem em um nível bem alto de poluição do ar, é possível que isso tenha contribuído para a manifestação de quadros mais graves da doença, pois os moradores da área já estariam com a saúde respiratória abalada quando contraíram a doença.
A conclusão, entretanto, assume que há outros fatores para compreender as taxas de mortalidade, como, por exemplo, o maior número de idosos, as diferenças entre os sistemas de saúde regionais, a capacidade das UTIs e a forma como a infecção se espalhou.