Até o término da leitura deste texto é possível que o número de mortos na Itália – que ultrapassa 6 mil até a manhã desta terça-feira (24/03) – seja maior. A situação no país se torna cada vez mais difícil, por conta da pandemia de coronavírus, e os italianos têm sofrido ainda mais por não poder se despedir de seus parentes.
A crise de saúde pública segue em colapso, mesmo com quarentena obrigatória, fechamento total de comércios e um trabalho incessante dos profissionais de saúde. Muitas regiões sofrem sem especialistas, respiradores e materiais de proteção para evitar o contágio pela Covid-19.
Os idosos, maioria entre os mortos, têm pouquíssimas chances de sobreviver e sofrem por não conseguir ver nos minutos finais de suas vidas o rosto de um familiar.
22 imagens
1 de 22
Campanha leva tablets a pacientes terminais de coronavírus para que possam se comunicar com parentes e se despedirem
Reprodução/Twitter/Lorenzo Musotto
2 de 22
Na Itália, pacientes terminais de coronavírus ganharam o direito de dar adeus às famílias por meio de videoconferências
Reprodução/Twitter/Lorenzo Musotto
3 de 22
O padre Giuseppe Berardelli morreu após dar seu respirador a um paciente infectado mais jovem
Reprodução
4 de 22
Giuseppe Berardelli era natural de Casigno, na região da Lombardia, a mais atingida pela doença na Itália
Reprodução/Twitter
5 de 22
Equipes do Escritório Regional do Mediterrâneo Oriental, da Organização Mundial da Saúde foram em missão no Irã ver a situação de pacientes infectados com o novo coronavírus
Divulgação/OMS
6 de 22
Membros da OMS no Irã para acompanhar a evolução do novo coronavírus
Divulgação/OMS
7 de 22
Uma família na Austrália comprou acidentalmente 2,3 mil rolos de papel higiênico em meio à pandemia de coronavírus
Reprodução/Facebook
8 de 22
Em imagens postadas nas rede sociais, Haidee Janetzki aparece sendo "coroada" como a rainha do trono de papel higiênico
Reprodução/Facebook
9 de 22
Eles receberam as caixas de papel higiênico em meio ao desabastecimento de produtos nos comércios da Austrália
Reprodução/Facebook
10 de 22
Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o pátio do local mais sagrado do Islã em Meca, na Arábia Saudita, praticamente deserto
Reprodução/Twitter
11 de 22
Com medo de serem contaminadas pelo novo vírus, pessoas passaram a usar camisinhas para apertar botões de elevador
Reprodução/Twitter
12 de 22
A pandemia de coronavírus provocou correrias a supermercados e farmácias, onde as pessoas esgotaram alguns produtos
Reprodução/Facebook
13 de 22
Fotos de pessoas apertando botões de elevadores com camisinhas viralizaram
Reprodução/Twitter
14 de 22
No início da pandemia, rolos de papel higiênico chegaram a faltar em vários supermercados do mundo
Reprodução/Facebook
15 de 22
Moradores estão estocando itens de todo tipo
Reprodução/Twitter
16 de 22
Pessoas em Cingapura e na Austrália estão estocando itens básicos por receio do coronavírus
Reprodução/Facebook
17 de 22
Navio Diamond Princess, um dos primeiros focos de coronavírus fora da China, foi isolado em porto do Japão após casos confirmados
Reprodução/Twitter
18 de 22
Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do novo coronavírus
Divulgação
19 de 22
Desinfecção de funcionários de uma funerária depois de o grupo lidar com o corpo de uma pessoa que morreu em decorrência do novo coronavírus
Feature China/Barcroft Media via Getty Images
20 de 22
Trabalhador de equipe médica pelas ruas de Wuhan, na China
Feature China/Barcroft Media via Getty Images
21 de 22
Mulher usa máscara no mercado de Huanan, em Wuhan, o centro da epidemia de coronavírus. O local está interditado
Getty Images
22 de 22
Em Pequim, uma mulher usa máscara e óculos de sol para se proteger do coronavírus
Devastada pela situação a médica Francesca Cortellaro, do hospital San Carlo Borromeu, em Milão, conta que uma campanha está sendo feita entre os italianos para permitir o último adeus entre familiares e os pacientes terminais.
“Você sabe o que é mais dramático? Observar os pacientes morrendo sozinhos, escutá-los pedir que se despeça seus filhos e netos por eles”, disse ela ao jornal italiano Il Giornale.
Um grupo de militantes do partido democrático de Milão têm liderado a iniciativa, batizada com o nome de “O direito de dizer adeus”.
Com cerca de 20 tablets, eles fazem a conexão entre pacientes no Hospital San Carlo e suas famílias, por meio de videochamadas.
“A ideia de não ser capaz de dizer adeus me machuca mais do que a própria morte e existem outros locais com idosos, hospitais e asilos, onde não há mais a possibilidade de dizer adeus”, lamentou um dos líderes do projeto, o vereador do partido democrático Lorenzo Musotto. Ele pede que mais pessoas possam doar tablets para esses pacientes.
Já leu todas as notas e reportagens de Saúde hoje? Clique aqui.
Compartilhar
Quais assuntos você deseja receber?
Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:
1.
Mais opções no Google Chrome
2.
Configurações
3.
Configurações do site
4.
Notificações
5.
Os sites podem pedir para enviar notificações
Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?