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Coronavírus: Itália ajuda pacientes a darem adeus às famílias

Campanha em hospital italiano leva tablets a pacientes para que eles possam conversar com familiares e dar o último adeus

atualizado

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Até o término da leitura deste texto é possível que o número de mortos na Itália – que ultrapassa 6 mil até a manhã desta terça-feira (24/03) – seja maior. A situação no país se torna cada vez mais difícil, por conta da pandemia de coronavírus, e os italianos têm sofrido ainda mais por não poder se despedir de seus parentes.

A crise de saúde pública segue em colapso, mesmo com quarentena obrigatória, fechamento total de comércios e um trabalho incessante dos profissionais de saúde. Muitas regiões sofrem sem especialistas, respiradores e materiais de proteção para evitar o contágio pela Covid-19.

Os idosos, maioria entre os mortos, têm pouquíssimas chances de sobreviver e sofrem por não conseguir ver nos minutos finais de suas vidas o rosto de um familiar.

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Na Itália, pacientes terminais de coronavírus ganharam o direito de dar adeus às famílias por meio de videoconferências
O padre Giuseppe Berardelli morreu após dar seu respirador a um paciente infectado mais jovem
Giuseppe Berardelli era natural de Casigno, na região da Lombardia, a mais atingida pela doença na Itália
Equipes do Escritório Regional do Mediterrâneo Oriental, da Organização Mundial da Saúde foram em missão no Irã ver a situação de pacientes infectados com o novo coronavírus
Membros da OMS no Irã para acompanhar a evolução do novo coronavírus
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Campanha leva tablets a pacientes terminais de coronavírus para que possam se comunicar com parentes e se despedirem

Reprodução/Twitter/Lorenzo Musotto
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Na Itália, pacientes terminais de coronavírus ganharam o direito de dar adeus às famílias por meio de videoconferências

Reprodução/Twitter/Lorenzo Musotto
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O padre Giuseppe Berardelli morreu após dar seu respirador a um paciente infectado mais jovem

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Giuseppe Berardelli era natural de Casigno, na região da Lombardia, a mais atingida pela doença na Itália

Reprodução/Twitter
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Equipes do Escritório Regional do Mediterrâneo Oriental, da Organização Mundial da Saúde foram em missão no Irã ver a situação de pacientes infectados com o novo coronavírus

Divulgação/OMS
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Membros da OMS no Irã para acompanhar a evolução do novo coronavírus

Divulgação/OMS
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Uma família na Austrália comprou acidentalmente 2,3 mil rolos de papel higiênico em meio à pandemia de coronavírus

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Em imagens postadas nas rede sociais, Haidee Janetzki aparece sendo "coroada" como a rainha do trono de papel higiênico

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Eles receberam as caixas de papel higiênico em meio ao desabastecimento de produtos nos comércios da Austrália

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Vídeos divulgados nas redes sociais mostraram o pátio do local mais sagrado do Islã em Meca, na Arábia Saudita, praticamente deserto

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Com medo de serem contaminadas pelo novo vírus, pessoas passaram a usar camisinhas para apertar botões de elevador

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A pandemia de coronavírus provocou correrias a supermercados e farmácias, onde as pessoas esgotaram alguns produtos

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Fotos de pessoas apertando botões de elevadores com camisinhas viralizaram

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No início da pandemia, rolos de papel higiênico chegaram a faltar em vários supermercados do mundo

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Moradores estão estocando itens de todo tipo

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Pessoas em Cingapura e na Austrália estão estocando itens básicos por receio do coronavírus

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Navio Diamond Princess, um dos primeiros focos de coronavírus fora da China, foi isolado em porto do Japão após casos confirmados

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Pangolim é apontado como hospedeiro intermediário do novo coronavírus

Divulgação
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Desinfecção de funcionários de uma funerária depois de o grupo lidar com o corpo de uma pessoa que morreu em decorrência do novo coronavírus

Feature China/Barcroft Media via Getty Images
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Trabalhador de equipe médica pelas ruas de Wuhan, na China

Feature China/Barcroft Media via Getty Images
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Mulher usa máscara no mercado de Huanan, em Wuhan, o centro da epidemia de coronavírus. O local está interditado

Getty Images
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Em Pequim, uma mulher usa máscara e óculos de sol para se proteger do coronavírus

Kevin Frayer/Getty Images

 

Devastada pela situação a médica Francesca Cortellaro, do hospital San Carlo Borromeu, em Milão, conta que uma campanha está sendo feita entre os italianos para permitir o último adeus entre familiares e os pacientes terminais.

“Você sabe o que é mais dramático? Observar os pacientes morrendo sozinhos, escutá-los pedir que se despeça seus filhos e netos por eles”, disse ela ao jornal italiano Il Giornale.

Um grupo de militantes do partido democrático de Milão têm liderado a iniciativa, batizada com o nome de “O direito de dizer adeus”.

Com cerca de 20 tablets, eles fazem a conexão entre pacientes no Hospital San Carlo e suas famílias, por meio de videochamadas.

“A ideia de não ser capaz de dizer adeus me machuca mais do que a própria morte e existem outros locais com idosos, hospitais e asilos, onde não há mais a possibilidade de dizer adeus”, lamentou um dos líderes do projeto, o vereador do partido democrático Lorenzo Musotto. Ele pede que mais pessoas possam doar tablets para esses pacientes.

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