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Coronavírus ficou mais vulnerável a vacinas após mutação, sugere estudo

Pesquisadores da Universidade de Pensilvânia observaram que a mutação D614G tornou o vírus mais acessível aos anticorpos neutralizantes

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Uma mutação genética chamada de D614G fez com que o novo coronavírus se tornasse mais infeccioso nos últimos meses, desde que foi descoberto. Mas também fez a estrutura do Sars-CoV-2 ser mais vulnerável à ação de vacinas, segundo um artigo realizado por pesquisadores da Universidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Os resultados do estudo liderado pelo cientista Drew Weissman foram publicados na última sexta-feira (24/7), na plataforma MedRXiv e ainda precisam passar pela revisão de pares, mas, a princípio, trazem boas notícias. “A proteína Sars-CoV-2 Spike adquiriu uma mutação D614G no início da pandemia de Covid-19 que parece conferir ao vírus maior infectividade e agora globalmente é a forma dominante do vírus”, diz o artigo.

Weissman descobriu que o novo coronavírus ganhou mais “espinhos” ao seu redor, formados pelas proteínas spikes, ao passar por essa mutação. Ao mesmo tempo em que essa estrutura facilita a conexão entre o vírus e as células humanas, ela também torna o vírus mais acessível aos anticorpos neutralizantes – produzidos pelo organismo como resposta à ação das vacinas.

Para verificar se a mutação poderia comprometer a eficácia das vacinas em teste, os cientistas realizaram testes em laboratório com ratos, macacos e humanos. Primeiro aplicaram em alguns dos indivíduos um soro com anticorpos. Depois, colocaram no corpo deles um vírus modificado para conter apenas a proteína S do Sars-Cov-2, o que não expôs nem as cobaias nem os voluntários a riscos da Covid.

“Em todos os casos, os pseudovírus G614 Spike foram moderadamente mais suscetíveis à neutralização, indicando que essa não é uma mutação de escape que impediria as vacinas atuais. Em vez disso, o ganho em infectividade fornecido pela D614G custou tornar o vírus mais vulnerável aos anticorpos neutralizantes”, concluíram.

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