Coronavírus: brasileiros detalham pânico em quarentena na Europa
A Itália adotou medidas drásticas para conter o rápido avanço do coronavírus. Em Portugal, algumas restrições já estão sendo definidas
atualizado
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No último dia 8, a Itália começou a adotar medidas drásticas para conter o coronavírus, classificado como pandemia nessa quinta-feira (11/03). O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, impôs o fechamento de escolas, ginásios, museus e diversos espaços públicos. Além disso, estipulou regras para locomoção pelo país.
Por lá, as pessoas também precisam de autorização especial para viajar. Se quiserem sair de casa, várias restrições devem ser seguidas. O jornalista e acadêmico Guilherme Lobão mora atualmente em Bra, comuna italiana da região do Piemonte, bem no norte da Itália, e contou, ao Metrópoles, que não é permitido ficar muito tempo na rua. “Quase não tem pessoas andando. Dá até para ouvir o som dos passarinhos”, mostrou, em vídeo. “Restaurantes e bares estão fechados e a recomendação é ficar em casa. Nos supermercados, é preciso pegar senha e esperar do lado de fora até ser chamado”, continuou.
Em Portugal, a quarentena ainda não foi definida oficialmente, mas o governo anunciou o fechamento de diversas instituições e proibiu grandes aglomerações depois dos primeiros casos de coronavírus serem confirmados no país. A medida apavorou os portugueses, que esvaziaram as prateleiras de supermercados.
A influenciadora brasileira Pati Lemos, do Instagram Vou Mudar Para Portugal, foi ao mercado em Loures, no Distrito de Lisboa, e se impressionou com as prateleiras vazias e os carrinhos abarrotados de produtos. “Surreal. É muito provável que teremos uma crise de abastecimento, além do coronavírus”, disse.
Coronavírus na Itália
Depois da China, Itália e Coreia do Sul são os países com maior número de casos de Coronavírus. A letalidade da doença na Itália, no entanto, é mais de oito vezes a observada no país asiático.
Segundo especialistas, na Itália, além do alto índice de casos, o vírus se espalhou muito rapidamente, gerando uma sobrecarga do sistema, o que também pode estar afetando a taxa de letalidade. Um outro fator é a quantidade de idosos no país – a Itália tem uma população mais envelhecida do que a Coreia.