Coronavac: duas doses não garantem proteção contra Ômicron, diz estudo
Pesquisadores da Universidade de Hong Kong sugerem que a dose de reforço seja tomada o “mais rápido possível” para garantir proteção
atualizado
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Cientistas do departamento de microbiologia da Universidade de Hong Kong afirmaram, nessa terça-feira (14/12), que as pessoas vacinadas com duas doses da Coronavac devem tomar uma dose de reforço “o mais rápido possível” para garantir a proteção contra a variante Ômicron do novo coronavírus.
A afirmação é baseada nos resultados preliminares de testes feitos em laboratório com amostras de plasma sanguíneo – a parte líquida do sangue, onde são encontrados os anticorpos – de 25 pessoas vacinadas com o imunizante desenvolvida pela farmacêutica Sinovac.
Este é o primeiro estudo que oferece informações sobre o impacto da nova variante na vacina, distribuída no Brasil pelo Instituto Butantan. O estudo ainda não está revisado, mas os resultados finais devem ser publicados em breve na revista Clinical Infectious Diseases, segundo os pesquisadores.
De acordo com os cientistas, nenhuma das amostras coletadas continha níveis de anticorpos suficientes para neutralizar a Ômicron.
“O público deve obter uma terceira dose da vacina o mais rápido possível, enquanto espera pela próxima geração mais compatível”, afirmaram os cientistas da instituição.
A Sinovac faz seus próprios testes para analisar a capacidade de a Coronavac neutralizar a variante Ômicron em pessoas com diferentes datas de vacinação, idades e intervalo entre as doses.
Os estudos da farmacêutica chinesa avaliam também a necessidade da produção de uma versão atualizada da vacina.