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“Coronavac confirmou hoje que é segura”, diz infectologista da Sbim

Segundo a especialista, o imunizante é um dos mais seguros e com menor quantidade de eventos adversos entre as opções contra a Covid-19

atualizado

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Coronavac
1 de 1 Coronavac - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Com o anúncio, nesta terça (12/1), de novos dados sobre a Coronavac, a vacina da farmacêutica Sinovac em parceria com o Instituto Butantan contra a Covid-19, muitas dúvidas surgiram sobre a eficácia e segurança do produto. O estudo completo de hoje mostra que, entre todas as pessoas infectadas com coronavírus que fizeram parte da pesquisa, 50,4% não ficaram doentes.

“Ninguém teve doença moderada ou grave, ninguém morreu, ninguém foi para a UTI. Importante lembrar também que os participantes do estudo são profissionais de saúde que não só estão mais atentos aos sintomas como estão convivendo de perto com o vírus diariamente”, explica Flávia Bravo, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

Segundo ela, a taxa de transmissão entre esse grupo é mais intensa do que na população em geral, e “era de se esperar” que os resultados fossem diferentes dos alcançados por outros imunizantes que testaram na população comum ou usaram outras tecnologias.

Apesar da eficácia ter ficado abaixo dos 78% anunciados na última semana (que correspondem a apenas um recorte dos dados e dizem respeito aos pacientes que foram infectados, mas não precisaram ser internados), Flávia conta que é preciso continuar observando os voluntários ao longo do tempo. Com a iminência do uso emergencial dos imunizantes, a população que tomar a injeção também deverá ser acompanhada para que se chegue à eficácia real da vacina no Brasil.

“Do meu ponto de vista, precisamos pensar em termos de saúde pública, não individual. Claro que todo mundo gostaria de uma vacina que tivesse mais de 90% de eficácia para formas brandas. Mas, em termos de saúde pública, se há uma vacina disponível e ela é suficiente para reduzir casos graves, internações e mortes, isso diminui o impacto no sistema de saúde em um primeiro momento”, explica a especialista.

Segurança

Os dados que mais chamaram atenção foram os de eficácia mas, segundo Flávia, a segurança da vacina também foi confirmada no documento.

“Pelos dados de hoje, a Coronavac tem um índice de eventos adversos menor que as demais vacinas. Quanto à segurança, está comprovada. É muito segura. Não teve casos de moderado a grave, a maioria foi leve ou os efeitos que a gente espera para qualquer vacina. Não houve caso de alergia grave. O perfil é maravilhoso”, diz a diretora da Sbim.

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