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Coronavac com reforço da Pfizer possui eficácia de 97,3% contra Covid

Estudo com 14 milhões de brasileiros publicado na Nature mostra que a combinação de vacinas assegura boa resposta imunológica

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Vacina contra Covid-19
1 de 1 Vacina contra Covid-19 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Utilizando bases de dados nacionais envolvendo 14 milhões de brasileiros, cientistas identificaram que o reforço da Pfizer para o grupo que tomou duas doses da vacina Coronavac alcança eficácia de 92,7% contra infecções provocadas pelo coronavírus. O mesmo esquema vacinal é capaz de evitar hospitalizações e mortes em 97,3% dos casos.

De acordo com o estudo, a vacina Coronavac alcança eficácia de 55% contra a infecção entre pessoas que tomaram duas doses e de 82,1% contra desfechos graves no grupo. Esses resultados são relativos a um período de até 30 dias após a segunda aplicação do imunizante.

O trabalho foi publicado nesta quarta-feira (9/2) na revista Nature Medicine e é assinado por14 cientistas de várias instituições, incluindo a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade de Brasília (UnB) e a Universidade de Glasgow, do Reino Unido.

Seis meses após a segunda dose, a eficiência da Coronavac diminuiu para 34,7% contra infecções e para 72,5% contra quadros graves. Segundo os pesquisadores, em comparação com as faixas etárias mais jovens, os indivíduos com 80 anos ou mais tiveram menor proteção após a segunda dose, mas voltaram a atingir um patamar adequado quando receberam o reforço com a Pfizer.

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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem
Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente
Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada
Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes.  O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova
O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma
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Diante do cenário de pandemia e da ampliação da dose de reforço, algumas pessoas ainda se perguntam qual é a importância da terceira dose da vacina contra a Covid-19

Istock
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A dose de reforço deve ser administrada com um intervalo mínimo de quatro meses após o indivíduo completar o esquema vacinal inicial. A aplicação extra serve para aumentar a quantidade de células de memória e fortalecer, ainda mais, os anticorpos que elas produzem

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Especialistas destacam que uma das principais medidas proporcionadas pela dose de reforço consiste na ampliação da resposta imune. A terceira dose ocasiona o aumento da quantidade de anticorpos circulantes no organismo, o que reduz a chance de a pessoa imunizada ficar doente

Tomaz Silva/Agência Brasil
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Aos idosos e aos imunossuprimidos, a dose de reforço amplia a efetividade da imunização, uma vez que esses grupos não desenvolvem resposta imunológica adequada

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Outra medida importante é a redução da chance de infecção em caso de novas variantes. O anticorpo promovido pela vacina é direcionado para a cepa que deu origem à fórmula e, nesse processo, as pessoas também produzem anticorpos que possuem diversidade. Quanto maior o alcance das proteínas que defendem o organismo, maior é a probabilidade que alguns se liguem à variante nova

Westend61/GettyImages
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O diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Renato Kfouri afirma que o esquema de mistura de vacinas de laboratórios diferentes é uma

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Um estudo conduzido pela University Hospital Southampton NHS Foundation Trust, no Reino Unido, mostrou que pessoas que receberam duas doses da AstraZeneca tiveram um aumento de 30 vezes nos níveis de anticorpos após reforço da vacina da Moderna, e aumento de 25 vezes com o reforço da Pfizer

Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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As reações à dose de reforço são semelhantes às duas doses anteriores. É esperado que ocorram sintomas leves a moderados, como cansaço excessivo e dor no local da injeção. Porém, há também relatos de sintomas que incluem vermelhidão ou inchaço local, dor de cabeça, dor muscular, calafrios, febre ou náusea

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Vale ressaltar que o uso de três doses tem o principal objetivo de diminuir a quantidade de casos graves e o número de hospitalizações por Covid-19

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Estudo de “mundo real”

No período do estudo, de 18 de janeiro de 2021 a 11 de novembro de 2021, foram analisados dados de um total de 14 milhões indivíduos que passaram por testes rápidos de Covid-19, dos quais mais de sete milhões foram testados por RT-PCR.

Os dados foram obtidos junto ao Ministério da Saúde e, dentro da amostra analisada, 913 mil indivíduos foram vacinados com Coronavac, dos quais 7,8 mil haviam recebido uma dose de reforço da Pfizer. A maioria desses (93,4%) foi testada 30 dias após a terceira dose.

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