Contar calorias não é o melhor plano para emagrecer, diz nutricionista
Contar valor calórico dos alimentos para planejar perda de peso não é ideal. Talyta Mchado explica o porquê e diz meios mais seguros
atualizado
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Emagrecer pode ser um desafio e um trabalho árduo para alguns. O fato é que não existem atalhos. No entanto, comparar e contar as calorias dos alimentos não é o método mais seguro e eficaz para perder peso.
“Já vi casos absurdos, em que a pessoa compara um prato saudável a um lanche fast-food, mas a verdade é que o nosso metabolismo é muito mais complexo do que uma conta matemática”, afirma a nutricionista Talyta Machado.
Ela avalia que o foco nas calorias é uma camuflagem gigante, que desvia a atenção da qualidade dos alimentos.
A contagem de calorias não deve ser o primeiro foco. Não são só valores que contam para o emagrecimento. Talyta explica que ao restringir o consumo de alimentos, pode acontecer a termogênese adaptativa, que é quando o metabolismo de repouso diminui além do esperado, dificultando a perda de peso.
“O corpo é inteligente e percebe quando paramos de ingerir calorias. É uma característica desde a época do homem das cavernas, quando ele precisava da adaptação, já que não tinha comida à disposição como hoje. Então, o metabolismo entra no efeito platô, que é a estagnação do peso durante o processo de emagrecimento”, diz a médica.
Antes de pegar a calculadora, ela sugere desinflamar o corpo com alimentos, por exemplo, frutas, grãos e vegetais. Mudança de hábitos, como ter horário para dormir e se exercitar, também são importantes no processo de emagrecimento.
Talyta afirma que o corpo humano foi feito para se exercitar. Logo, não é saudável ser sedentário. Caso o intestino esteja inflamado, ele pode absorver mais calorias do que se acredita que está comendo.
Olhar apenas para números, segundo a nutricionista, leva a pessoa a comer mais besteira. “Vão acabar comendo um brigadeiro no lugar de uma fruta”, lamenta a nutricionista. Ela acrescenta que, em alguns casos, o indivíduo fica paranoico, mas vale mais comer com qualidade para garantir uma boa digestão.
Talyta pondera que, com a dieta já estabelecida, se o motivo for estético, ou caso o paciente seja um atleta, contar calorias ajuda. “Mas não deve ser o primeiro plano”, lembra.
Ela ressalta ainda que não se pode apostar todas as fichas em um alimento só para desinflamar o corpo. Trata-se de um conjunto de comidas, uma dieta rica em vegetais (frutas, legumes e verduras), para alcançar o objetivo.
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