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Consórcio da OMS prevê vacina contra coronavírus a US$ 10

Agência internacional negocia imunização com valor equivalente a R$ 55 para consórcio de países que financiarem fundo internacional

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1 de 1 ampolas de vacina - Foto: Youngvet/Getty Images

Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (24/8), o diretor geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que a aliança pela vacina contra a Covid-19 está negociando a dose da imunização por US$ 10 (R$ 55). O número está abaixo do preço que está sendo estimado no mercado até o momento.

A entidade deve comprar e distribuir as vacinas para 90 países pobres — o Brasil não entra no grupo, já que tem uma renda considerada média pelo padrão internacional. As primeiras vacinas devem ir para profissionais de saúde, idosos e pacientes com comorbidades (cerca de 20% da população dos países).

Como vai ter que pagar, o Brasil teria que desembolsar cerca de R$ 4,4 bilhões para imunizar apenas esta fatia da população. A vacina provavelmente precisará de duas doses (US$ 20), para 40 milhões de pessoas.

O país afirmou estar disposto a fazer parte da aliança, mas precisa definir, até 18/9, com qual valor pode colaborar para a empreitada. O fundo internacional tem como objetivo fomentar a pesquisa para a imunização e, em contrapartida, os investidores teriam acesso a um pedido grande que permitira a negociação de preços.

Como ficaria a situação com a vacina de Oxford?

A OMS abriu uma opção de flexibilidade para países que já fecharam acordo diretamente com as farmacêuticas produtoras da imunização — como é o caso do Brasil com a vacina de Oxford. Há a possibilidade de o governo pular a primeira distribuição de vacinas, caso a imunização seja a mesma adquirida de forma particular.

Caso escolha essa opção, o Brasil entraria na segunda rodada de vacinas, produzida por outra empresa, mas iria para o final da fila de prioridades.

“Esse mecanismo é que vai permitir uma vacinação global. É de interesse de todos, inclusive daqueles que fecharam acordos bilaterais”, afirmou o diretor-geral da OMS.

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