Conselho de Química condena receitas de álcool gel caseiro
A entidade afirma que a depender do produto utilizado como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se aumentar a proliferação
atualizado
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Por causa do novo coronavírus, o álcool gel virou artigo raro na prateleira das farmácias e uma série de receitas de versões caseiras do antisséptico apareceram. A maioria delas à base de álcool líquido que, em determinadas concentrações, inclusive, está proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Preocupado com a possibilidade de acidentes no manuseio e com a fabricação de um preparado ineficaz – que não teria o poder de fazer a desinfecção necessária, o Conselho Federal de Química informa que a população deve evitar as receitas caseiras.
De acordo com o Conselho Federal de Química, quando se utiliza álcool líquido em elevadas concentrações, cresce o risco de acidentes que podem provocar incêndios, queimaduras de grau elevado e irritação da pele e mucosas.
A entidade de classe também afirma que a depender do que é utilizado como espessante, ao invés de eliminar microrganismos pode-se potencializar sua proliferação.”Não há fórmulas mágicas: o produto fabricado em casa não tem a mesma eficácia do que é indicado pelos órgãos de saúde”, comenta o químico Wagner Contrera, do Conselho Federal de Química.