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Conheça a professora indiana que zerou a curva da Covid-19 em seu estado

Membro do partido comunista do país, K.K Shailaja agiu rapidamente e criou sistema de vigilância e testes para minimizar contágio

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1 de 1 kk shailaja - Foto: Facebook/Reprodução

A Índia foi uma das nações mais afetadas pela pandemia de coronavírus — até esta quarta-feira (11/11), 8,6 milhões de pessoas foram contaminadas e 127 mil faleceram, de acordo com a plataforma da Universidade Johns Hopkins. Porém, o estado de Kerala, no sul do país, foi poupado — a taxa de mortalidade é de apenas 0,36%, uma das mais baixas do mundo, para um estado com 35 milhões de habitantes.

A grande responsável pela campanha de sucesso contra a Covid-19 foi a responsável pela saúde da região, K.K. Shailaja. Membro do partido comunista do país, a professora de física precisou lidar com outras pandemias e tomou medidas enérgicas quando as primeiras notícias sobre o coronavírus na China começaram a circular.

Ela sabia que vários alunos indianos estavam estudando na Universidade de Wuhan, epicentro da pandemia. No dia 24 de janeiro, antes do primeiro caso chegar à Índia, mobilizou um time de resposta, uma sala de controle, equipes de vigilância e um grande esquema de testagem. No dia 27, os primeiros estudantes vindos de Wuhan começaram a chegar em casa e, três dias depois, um deles foi diagnosticado com a Covid-19 — o primeiro caso do país.

Porém, com o atendimento rápido e eficiente, o vírus não teve espaço para se multiplicar e contaminar muitas pessoas. Nos primeiros meses da pandemia, o número de infectados chegou a quase zero, ao contrário do resto da Índia.

“Ela escuta as pessoas, visita os hospitais de forma privada, conversa com os médicos. Parece uma pessoa abençoada em habilidade e humildade”, diz K. Srinath Reddy, diretor da Fundação de Saúde Pública da Índia, em entrevista à revista Science.

Shailaja conta que se inspira na avó, que lidava com pessoas doentes. Com a abertura da economia e a volta das viagens, os números vêm crescendo na região. Para evitar problemas, a ministra está aumentando a quantidade de leitos nos hospitais e recomendando medidas de lockdown. O objetivo principal é proteger os idosos. “Até termos uma vacina, todos precisamos sacrificar alguns prazeres da vida”, sustenta.

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