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Conheça 5 sintomas da esquizofrenia além das alucinações e delírio

Psiquiatra explica sinais do transtorno mental, que é a terceira causa da perda de qualidade de vida em pessoas entre 15 e 44 anos

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Iuliia Isaieva
Foto de mulher editada com três faces que indicam transtorno
1 de 1 Foto de mulher editada com três faces que indicam transtorno - Foto: Iuliia Isaieva

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a esquizofrenia é a terceira causa de perda de qualidade de vida em pessoas entre 15 e 44 anos. O transtorno mental é caracterizado por sinais como alucinações e delírios, sentimentos de medo e raiva, psicose e problemas de cognição.

Segundo o psiquiatra Ariel Lipman, do Rio de Janeiro, o paciente esquizofrênico pode ser agressivo a ponto de a família não conseguir mantê-lo em casa. “Na maioria dos casos, trata-se de uma doença em que a pessoa não consegue dar conta da própria vida, mas é claro que existem algumas exceções”, afirma.

Não se sabe o que causa a esquizofrenia e nem como a condição é desencadeada no organismo, e o diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente.

Lipman destaca outros sinais da doença que vão além de alucinações e delírios. Confira:

Movimentos anormais

Além da perda de contato com a realidade e das falsas convicções, o paciente esquizofrênico também pode apresentar movimentos anormais do corpo. “Isso acontece quando o indivíduo está nervoso e ansioso. Assim, ele consegue tornar seus sentimentos perceptíveis para quem vê de fora”, aponta o psiquiatra.

O paciente pode adotar uma postura fora do comum, realizar movimentos repetidos e até ficar completamente imóvel por longos períodos.

Isolamento social

O isolamento é um sintoma que aparece em diversos tipos de transtornos mentais. Quando um indivíduo está com depressão, por exemplo, ele tende a se afastar dos outros — como os sinais são semelhantes, a esquizofrenia pode ser confundida com essa e outras doenças mentais.

“Quando o isolamento acontece excessivamente e é combinado com outros fatores, pode até mesmo ajudar a diagnosticar o transtorno. Em pessoas com a doença que estão em tratamento, a reclusão pode ser controlada”, explica Lipman.

Medo e raiva

O medo faz parte da rotina do esquizofrênico e está diretamente ligado ao fato de o indivíduo com a condição ter alucinações e delírios. Afinal, ouvir vozes e conviver com a desorganização mental pode assustar o paciente.

“Se a doença não estiver sendo tratada, por não ter plena consciência do que está acontecendo, a pessoa pode ser tomada pelo sentimento de raiva, mágoa e medo. Muitos acabam descontando nas pessoas que estão próximas”, explica o psiquiatra.

Agitação

Por causar delírios, alucinações, medo e raiva, a pessoa com esquizofrenia fica mais agitada. Como a doença está relacionada, principalmente em casos mais avançados, a alterações sensoriais e comportamentais, é comum que o paciente fique muito inquieto.

Problemas com a fala

Problemas relacionados à comunicação são típicos da esquizofrenia, e o medo e a ansiedade podem impedir o paciente de falar ou causar desorganização entre palavras e ideias. As frases podem ser confusas, curtas e sem coerência.

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