Confira teste com a mão que ajuda a identificar doença cardiovascular
Médicos da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, sugerem que o teste faça parte do exame físico padrão de risco
atualizado
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O aneurisma da aorta, caracterizado pela dilatação das paredes da principal artéria do corpo humano, é um problema vascular silencioso. Na maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas ou problemas de saúde prévios, o que dificulta o diagnóstico precoce. Quando se rompe, o aneurisma pode causar hemorragia interna grave, com risco de morte em poucos minutos.
Um teste simples, proposto por médicos, pode ajudar a identificar se você corre o risco de ter o problema. Conhecido como “teste da palma do polegar”, consiste em esticar a palma da mão e tentar levar o dedo polegar em direção à extremidade oposta. O cruzamento do dedo além da borda da palma da mão pode ser um indicativo do problema.
Médicos da Escola de Medicina da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, testaram o método em 305 pacientes submetidos à cirurgia cardíaca para o tratamento de aneurisma da aorta ascendente (AscAA), aneurisma de aorta descendente e outras condições que necessitaram de cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM) e reparo valvar.
Em um artigo publicado no American Journal of Cardiology, em julho de 2021, eles observaram que o “teste da palma do polegar” ofereceu um resultado discreto de risco que deve ser levado em consideração. O resultado positivo indicou probabilidade de o paciente ter um aneurisma da aorta ascendente. O resultado negativo, por outro lado, não excluiu o risco.
“A maioria dos pacientes com aneurisma não manifesta um sinal positivo da palma da mão, mas os pacientes que apresentam um sinal positivo têm uma probabilidade muito alta de abrigar um aneurisma ascendente”, escreveram.
Os médicos destacaram que ainda não está claro o quão preciso o teste pode ser para a identificação do problema, mas sugerem que o exame faça parte do protocolo físico padrão, principalmente em pacientes com histórico familiar.
O coordenador de Cardiologia do Hospital Santa Lúcia, Frederico Abreu, destaca que o resultado do teste não deve ser usado como diagnóstico, mas pode servir de alerta para pacientes procurarem atendimento especializado para a realização de exames detalhados.
Abreu explica que a habilidade (cruzar o polegar para além da palma da mão) é mais comum em pacientes com a síndrome de Marfan, uma condição que torna as pessoas mais longilíneas, com membros e dedos alongados.
De acordo com o médico, essas pessoas apresentam alterações congênitas, principalmente no tecido conjuntivo, que faz com que tenham maior tendência de aneurisma de aorta.
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