Confira quatro dicas infalíveis para reduzir as dores da endometriose
Comer bem, praticar atividade física, controlar o estresse e bloquear a menstruação podem dar mais qualidade de vida a essas pacientes
atualizado
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A endometriose afeta 15% das mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Os sintomas mais comuns são desconforto e dor incapacitante. Esse sinais aparecem quando o tecido do endométrio, ao ser expelido durante a menstruação, fica para fora da cavidade uterina. A mucosa pode se alojar nos ovários, tubas, peritônio (membrana que reveste o abdômen), intestino e bexiga.
Dependendo da pessoa, as dores aparecem em diferentes intensidades, mas há formas de amenizar e prevenir o incômodo. O ginecologista é o médico indicado para orientar pacientes com esse diagnóstico. Confira algumas dicas:
1. Bloqueio da menstruação: nessa fase as dores e as cólicas são mais intensas, por isso o ginecologista e obstetra, especialista em endometriose, Marcos Tcherniakovsky, afirma que bloquear a menstruação minimiza o desconforto. O procedimento pode ser feito com pílulas anticoncepcionais contínuas, uma combinação de progesterona e estrogênio; DIU com hormônio; pílulas apenas com progesterona; e injeção.
2. Alimentação saudável: comer melhor é um hábito essencial para quem busca mais saúde, mas no caso das mulheres que sofrem com endometriose é uma necessidade. Alguns alimentos causam desordem ao organismo e, quando somados à doença, podem gerar ainda mais desconforto. As comidas ultraprocessadas, por exemplo, ricas em sal e gordura, retêm líquidos, fazendo o corpo inchar e ficar mais suscetível às dores. Já as carnes vermelhas contêm muita gordura saturada e podem aumentar os níveis de estrogênio. Esse hormônio, no período menstrual, colabora com a piora dos sintomas. Além disso, é importante evitar café, bebidas alcoólicas e alimentos ricos em açúcar.
3. Atividade física: O combo alimentação saudável e prática regular de exercícios só traz benefícios à saúde. A endorfina liberada durante a atividade física tem forte poder analgésico e ainda neutraliza a adrenalina e o cortisol, substâncias liberadas pelo estresse. O hormônio também inibe o FSH, que serve como um combustível para o endométrio se desenvolver. Esse bloqueio desacelera o crescimento do tecido intruso, reduzindo o stress e, consequentemente, as dores.
4. Controle do estresse: problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, devem ser considerados quando se fala em endometriose. Além do estresse, essa dupla interfere negativamente no quadro da paciente com dor crônica. De acordo com o médico Marcos Tcherniakovsky, uma dica fundamental para o início do tratamento é incentivar a paciente a buscar atividades de relaxamento. “Se necessário, o acompanhamento psicológico também é recomendado. Assim, a mulher terá suporte para lidar com toda a carga emocional gerada pela doença”, finaliza o especialista.