Confira 7 dicas simples para entender os rótulos de alimentos
Dedicar atenção aos dados é fundamental para garantir uma dieta mais saudável ou, até mesmo, prevenir problemas de saúde, como alergias
atualizado
Compartilhar notícia
Quem nunca parou no supermercado e ficou em dúvida na hora de escolher um alimento por causa do rótulo? A situação é recorrente porque a maioria das embalagens contém nomes ou fórmulas pouco conhecidas.
Desde 2001, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão responsável pelas normas de rotulagem de alimentos industrializados, implantou a obrigatoriedade de informações nutricionais nos rótulos dos produtos.
Porém, ainda assim, compreender as informações das embalagens para tomar a decisão de compra não é tão fácil e dedicar atenção aos dados é fundamental para garantir escolhas mais saudáveis ou, até mesmo, prevenir problemas de saúde, como, por exemplo, reações alérgicas. “Ler os rótulos de maneira correta nos dá autonomia para fazer as melhores escolhas no supermercado”, afirma a nutricionista Laura de Souza Silva, da clínica brasiliense Nutrindo o Conhecimento.
Para entender os rótulos dos alimentos e fazer compras mais saudáveis no supermercado, confira 5 dicas dicas:
1. Repare na ordem da lista de ingredientes: A descrição da lista de ingredientes sempre está em ordem decrescente, ou seja, o ingrediente que aparece primeiro está em maior quantidade no alimento. Já o último, é o menos presente.
2. Verifique corantes e aditivos químicos: Corantes artificiais e outros aditivos químicos, geralmente, aparecem no final da lista porque são usados em quantidades pequenas, mas suficientes para que o alimento se afastar da categoria “natural”. Quando somados a outros alimentos consumidos no decorrer do dia, substâncias assim podem resultar em ingestão significativa de elementos indesejados.
3. Fique de olho na porção indicada: Para que a informação nutricional faça sentido, é necessário reparar na porção indicada no rótulo, pois todos os dados apresentados são referentes à quantidade específica detalhada ali. Dados obrigatórios nesse local incluem valor energético, carboidratos, proteínas, bem como gorduras totais, saturadas e trans, além de fibra alimentar e sódio.
Para cada nutriente a tabela apresenta a quantidade em gramas (g) ou miligramas (mg). Também é informado o percentual do valor diário (VD%), equivalente a proporção de cada item em relação a quantidade recomendada para uma dieta saudável de um adulto (2.000 kcal).
4. Compare os produtos: É importante verificar a tabela nutricional de alimentos semelhantes para identificar as melhores opções, com baixos valores diários de gorduras trans, saturadas e sódio, além de altos valores diários de fibras alimentares.
5. Confira a quantidade de calorias: Alimentos calóricos são aqueles que apresentam alto índice de calorias.
Os alimentos mais populares com alto teor calórico ou ricos em gorduras e açúcares são: frituras, bebidas açucaradas (refrigerantes e sucos industrializados), pizza, hambúrguer, batata frita, bacon, cachorro-quente e bolacha recheada, entre outros. Estudos apontam que os valores de energia aconselhados para um adulto saudável podem variar entre 1.800 calorias a 2.500 calorias por dia.
6. Preste atenção aos outros nomes dos açúcares: É preciso estar atento a possíveis pegadinhas em relação ao açúcar, pois ele pode aparecer “disfarçado” em embalagens de alimentos industrializados com os nomes: xarope de glicose, xarope de milho, glicose de milho, glicose, dextrose, frutose, maltose, galactose, maltodextrina ou sacarose.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda que, no máximo, 10% das calorias diárias sejam derivadas de açúcar, ou seja, para uma dieta de 2.000 calorias, essa taxa equivale a 50 gramas de açúcar por dia (ou dez colheres de chá). Por isso, é fundamental prestar atenção no rótulo para não ultrapassar o limite diário.
7. Diferencie light e diet: Para entender a diferença entre light e diet é preciso observar a quantidade de ingredientes que foram reduzidos no produto. As versões light apresentam a partir de 25% menos gordura ou outros elementos em relação à versão original do produto.
Já as formulações diet devem ter a suspensão total de algum ingrediente, como zero açúcar, zero sal ou zero gordura. Pessoas com diabetes, colesterol alto ou pressão alta podem utilizar estas versões dos produtos. Preste bastante atenção ao ingrediente reduzido na preparação do produto. Adicionalmente, considere que produtos light e diet, geralmente, são ultraprocessados e exigem moderação no consumo.