Confira 5 dicas para preparar a lancheira de uma criança com diabetes
Pequenos pacientes devem ter a sua dieta alimentar adaptada, inclusive no contexto escolar. Pais precisam ter cuidado com as guloseimas
atualizado
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Desde cedo, o ambiente social estimula o consumo de guloseimas e alimentos ricos em gorduras saturadas. Em excesso, uma dieta baseada em comidas com poucos nutrientes pode causar problemas de obesidade ou outras doenças. No caso de crianças com diabetes, principalmente na fase escolar, é um desafio manter uma dieta equilibrada.
A atenção da família deve ser redobrada quando a criança tem a condição. É essencial que haja sempre uma relação da insulina com o consumo de carboidratos no decorrer do dia, para que não ocorra qualquer problema com o pequeno paciente.
“Se a guloseima tem carboidrato, é preciso ter uma cobertura de insulina para que ela não promova uma hiperglicemia. O consumo de guloseimas deve ser exceção e não regra”, explica a nutricionista do Instituto Correndo pelo Diabetes (ICPD), Maristela Strufaldi.
Para ajudar os pais na missão de montar uma lancheira, a especialista dá dicas que se encaixam no dia a dia. Ela orienta que a alimentação é uma aliada na busca de uma rotina saudável para a criança.
Dicas de como montar uma lancheira para crianças com diabetes
1. Preferir carboidratos de absorção lenta
O lanche escolar deve ser saudável e rico em fontes de carboidrato de absorção lenta, como as fibras. Além disso, a bebida não pode ser açucarada e os pais devem sempre preferir a fruta ao suco. Água e chá gelado sem adição de açúcar também são ótimos para acompanhar a comida.
2. Estimular consumo de alimentos energéticos
É recomendável colocar na lancheira alimentos energéticos como pães, cereais e biscoitos. Nesse caso, os integrais são ainda mais interessantes, visto que são ricos em fibras, responsáveis por atenuar a velocidade de absorção do carboidrato.
3. Introduzir proteína
A introdução diária de alimentos com fonte de proteína, a exemplo de queijos, leite, iogurte, patê de atum ou de frango e grão de bico é essencial. Frutas, verduras e legumes também devem fazer parte da lancheira. Os pais podem cortar palitinhos de cenoura, pepino ou alguma fruta para ficar mais interessante para a criança.
4. Personalizar cardápio
Vale lembrar que cada cardápio deve ser personalizado, pois depende do horário do lanche da criança e da quantidade de insulina a ser aplicada. A injeção do hormônio deve variar de acordo com a parcela de carboidrato ingerida.
5. Evitar jejum
Para evitar crises de hiperglicemia, é preciso seguir as orientações médicas e fazer o monitoramento de insulina de acordo com o alimento ingerido. Crianças com diabetes devem evitar ficar muito tempo sem comer, mantendo um fracionamento alimentar.
Contagem de carboidratos
A contagem de carboidratos é uma ferramenta nutricional que contribui para o controle da glicemia e proporciona uma melhor flexibilidade alimentar. Ela consiste no ajuste da administração da insulina de rápida absorção de acordo com a quantidade de carboidrato consumida.
Por exemplo, para cada 15 gramas de carboidrato consumido, uma pessoa precisa de uma unidade de insulina rápida ou ultrarrápida, com o intuito de fazer a “cobertura” do carboidrato ingerido.
É importante que exista uma conduta multidisciplinar com acompanhamento de um profissional de saúde para manter a coerência e o aprendizado em relação aos alimentos. Atividade física também é essencial e deve ser planejada em conjunto com a alimentação, insulinoterapia, e ser coerente com a idade da criança.
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