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Carol Peixinho conta ter sofrido compulsão alimentar na adolescência

Influenciadora, que já participou do No Limite, conta que aos 16 anos foi diagnosticada com compulsão alimentar. Entenda transtorno

atualizado

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Imagem colorida de mulher de biquini olhando para o céu e pasiagem com a coloração verde - MEtrópoles
1 de 1 Imagem colorida de mulher de biquini olhando para o céu e pasiagem com a coloração verde - MEtrópoles - Foto: Arquivo Pessoal

O transtorno de compulsão alimentar é caracterizado pelo consumo contínuo de quantidades exageradas de comida associado ao sentimento de culpa por comer demais. Em alguns casos, a pessoa se submete a métodos radicais para perder o peso que ganhou no ato desenfreado.

Era o caso da ex-BBB e influenciadora Carol Peixinho, que aos 16 anos foi diagnosticada com o transtorno. “Eu comia descontroladamente, trocava refeições por doces. Era uma desordem emocional e alimentar terrível, que afetava muito a minha autoestima”, conta, em entrevista ao Metrópoles.

“Eu amava comer compulsivamente, mas me trazia um aumento de peso em um período muito curto e causava retenção de líquidos. Em seguida, vinham os sentimentos de infelicidade, de arrependimento, insatisfações. Para minimizar, me submeti a dietas radicais para emagrecer. Tentei todos os métodos que você possa imaginar”, desabafa Carol.

Imagem colorida de mulher de biquini subido escadas de piscina - Metrópoles
Carol conta que sofria constantemente com o efeito sanfona: ela emagrecia para, em seguida, engordar novamente

Compulsão

Segundo o psiquiatra Flávio Henrique Nascimento, do Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), no Rio de Janeiro, o distúrbio é multifatorial: as causas podem ser biológicas, genéticas, psicológicas e ambientais.

“Transtornos de humor, depressão, estresse e restrições alimentares podem desencadear a compulsão. Traumas, histórico familiar e distúrbios de distorção de imagem também podem contribuir para a condição”, explica o especialista.

Carol conta que apesar de ter bom relacionamento com os pais, na época, alguns sentimentos lhe afetaram mentalmente e desencadearam o transtorno. “Os estudos, os relacionamentos afetivos, minha vaidade e minha auto cobrança foram determinantes para que eu comesse descontroladamente”, enfatiza.

Tratamento

Segundo o psiquiatra Saulo Ciasca, professor da universidade Sanar, muitos pacientes com compulsão alimentar, que perdem o controle da ingestão calórica e acabam chegando à obesidade, desejam realizar a cirurgia bariátrica, mas este não é o tratamento adequado.

“O ideal, antes de qualquer método radical, é procurar atendimento psicoterápico. O acompanhamento psiquiátrico vai ajudar bastante a controlar a compulsão, uma vez que, se preciso, os medicamentos adequados serão introduzidos. Durante o atendimento, inclusive, as causas serão identificadas e o profissional fará orientações para a intervenção”, explica Ciasca.

Diante do efeito sanfona que tanto lhe incomodava, Carol buscou psicólogos, nutricionistas e educadores físicos. Foi quando ela se deu conta da gravidade do problema e decidiu mudar os hábitos de vida.

Atualmente

Hoje, aos 38 anos, Carol se sente livre do sentimento de culpa. Ela não tem limitações alimentares ou pratica dieta rigorosa. “Dieta é modo de vida. Então, escolha o melhor estilo de vida para si. Eu desejo saúde, longevidade, energia, estar bem comigo. Então, vou cuidar do que consumo, equilibrar e me permitir”, conta.

Imagem colorida de mulher correndo de branco em fundo verde - Metrópoles
Rotina: Carol Peixinho treina diariamente

“Atualmente, não existe mais compulsão. Tenho uma relação espetacular com a comida. Evito frituras, faço todas as refeições do dia, intercalo os treinos de cardio e musculação e, vez ou outra, busco me desafiar”, explica a ex-participante do BBB19 e do No Limite, em 2021.

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