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Como vacinas de proteínas podem ajudar no combate à pandemia de Covid

Vacinas que usam a tecnologia custam mais barato e causam menos efeitos colaterais, de acordo com os desenvolvedores

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vacina covid coronavirus
1 de 1 vacina covid coronavirus - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Os imunizantes baseados na tecnologia de RNA mensageiro representaram um grande avanço no combate à pandemia de Covid-19. Entretanto, as vacinas de proteínas, como a da Novavax, podem ser o que falta para o mundo acabar de vez com a pandemia.

As fórmulas se mostram eficazes, têm custos de produção mais baixos e oferecem vantagens logísticas, incluindo a aplicação em uma ampla faixa de temperaturas. Além disso, esse tipo de proteção deve causar menos efeitos colaterais do que os outros imunizantes contra Covid-19.

Para a revista científica Nature, o chefe de programas e tecnologias inovadoras da Coalition for Epidemic Preparedness Innovations, Nick Jackson, contou que o mundo precisa das vacinas à base de proteínas para atingir populações mais vulneráveis. Por enquanto, menos de 6% dos indivíduos em nações pobres foram imunizados contra o coronavírus.

Por serem mais acessíveis, essas vacinas poderão diminuir a desigualdade de imunização entre países ricos e pobres. Jackson acredita que a proteção pode significar uma nova era no combate à pandemia de Covid-19.

Tecnologia em ascensão

Apesar do desenvolvimento mais lento do que outros imunizantes contra a Covid-19, aos poucos, a vacina Novavax se mostra promissora contra o vírus. A fórmula indicou mais de 90% de eficácia nos estudos clínicos, e já foi aceita para uso emergencial na Indonésia.

Outros pedidos para a utilização já foram enviados às autoridades sanitárias do Reino Unido e Canadá. O laboratório espera ter seu imunizante baseado em proteínas aprovado nos EUA até o fim do ano.

Dois outros fabricantes de vacinas à base de proteínas esperam que seus produtos sejam aceitos pelas agências regulatórias nos próximos meses. A Clover Biopharmaceuticals, com sede na China, e a Biological E, na Índia, já estão em contato com as organizações de regulação sanitária de seus países. Além disso, o imunizante da Sanofi/GSK também está em processo de desenvolvimento e usa o mesmo tipo de tecnologia.

Produção das vacinas

As vacinas baseadas em proteína são usadas há décadas para proteção contra doenças e outras infecções virais. Para gerar uma resposta imunológica adequada, esses imunizantes introduzem proteínas com estimuladores de proteção nas células de uma pessoa.

Apesar de serem produzidas com a mesma tecnologia, as vacinas têm características bem diferentes. Podem utilizar proteínas únicas ou tríades, de tamanho total ou apenas um fragmento. Elas necessitam de diferentes estimuladores para atingir a resposta imunológica ideal.

O diretor de saúde global da GSK, Thomas Breuer, contou em entrevista à Nature que, apesar das grandes diferenças, os resultados dos estudos clínicos darão as respostas definitivas em relação à eficácia e segurança de cada vacina. Para a revista, John Mascola, diretor do Centro do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, espera que o regime de reforço baseado em proteínas seja igualmente seguro e eficaz.

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