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Como tratar casos de fibrose após cirurgias

A fibrose faz parte do processo natural do corpo, mas, em alguns casos, complicações exigem a intervenção de um fisioterapeuta

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1 de 1 fibrose1 - Foto: Westend61, Getty Images

Depois de uma cirurgia, o corpo naturalmente leva um tempo para se recuperar. A formação da fibrose, por exemplo, faz parte do processo de cicatrização do organismo. A fibrose é o aumento de fibras no tecido da pele, ou seja, a formação de um tecido “a mais” no local que houve o corte. É a cicatriz para o lado de dentro do corpo. Quanto maior e mais profundo tiver sido o corte, maior a probabilidade da fibrose ter alguma consequência em algum órgão ou parte do corpo.

É comum, principalmente nos três primeiros meses após uma cirurgia, a pessoa sentir a pele repuxando ou levemente endurecida. Para o fisioterapeuta e professor universitário Arédio Gertrudes Neto, da clínica Equilibrium Pilates e Fisioterapia Integrativa, em Brasília, a melhor forma de entender os tecidos do corpo humano é imaginar que eles são feitos de tramas, assim como as roupas. “Se há um corte na roupa e você a costura, a elasticidade do tecido diminui e altera o tamanho”, exemplifica.

Ainda assim, com o passar do tempo, a fibrose vai diminuindo e a região vai ficando mais maleável. Em alguns casos, no entanto, pode acontecer um processo de cicatrização irregular com formação de fibrose subcutânea persistente, com nódulos, depressões, assimetrias e retrações da pele.

Fibrose tem tratamento, independentemente do tempo. No entanto, quanto antes ela for tratada, mais fácil será o processo. Os tratamentos usados pela fisioterapia podem envolver aparelhos como laser e ultrassom, além de técnicas de liberação cicatrial manual. Tecnologias como a radiofrequência e o ultrassom melhoram a mobilidade do tecido da cicatriz, diminuindo ondulações. Esses dois procedimentos promovem mais circulação sanguínea e linfática.

Gertrudes, no entanto, que já atuou como fisioterapeuta da Seleção Brasileira de Handebol e é especializado em fisioterapia traumato-ortopédica, acredita que o melhor mecanismo para soltar a fibrose é a “crochetagem”, um gancho que simula o formato do dedo e pode atingir áreas mais profundas, quebrando a fibrose de forma mais eficaz. Todos os procedimentos devem ser orientados por um profissional responsável.

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