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Good vibes: como ser positivo sem ser tóxico

Especialistas debateram sobre otimismo e resiliência no Congresso do Cérebro, Comportamento e Emoções realizado no Rio de Janeiro

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Maryna Terletska/ Getty Images
Foto colorida. mulher branca, com camisa de frio está espreguiçando e sorrindo - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida. mulher branca, com camisa de frio está espreguiçando e sorrindo - Metrópoles - Foto: Maryna Terletska/ Getty Images

Os benefícios da positividade para a saúde física e mental alavancam uma série de estudos científicos conhecidos como psicologia positiva, ciência da gratidão ou ciência da felicidade.

Ter uma visão mais positiva e grata sobre os eventos da vida já foi associado a um melhor funcionamento do sistema imunológico, à diminuição de sintomas de depressão e ansiedade e a uma maior expectativa de vida.

Especialistas reunidos no Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções 2024, realizado entre 26 e 29 de junho no Rio de Janeiro, explicaram que é possível treinar o cérebro para ser mais otimista.

A psicóloga Lina Sue Matsumoto Videira, especialista em psicologia positiva, aponta que autoconhecimento é o principal aliado na busca para uma vida mais feliz. “Sabemos que pessoas que descobriram o próprio propósito tendem a ter maior resiliência e a manter vínculos afetivos mais saudáveis”, afirma.

Segundo Matsumoto Videira, o sentimento de gratidão também já provou seus poderes na modulação do humor em diferentes contextos culturais. “O exercício de ser grato, realmente, funciona para inserir o cérebro em uma frequência mais positiva. Pessoas de diferentes países relataram melhorias claras nas emoções após se condicionarem a serem gratas”, explicou.

Os especialistas alertam, entretanto, para a necessidade de os indivíduos não assumirem comportamentos que resvalem para uma positividade tóxica, desconectada da realidade.

Positividade tóxica

“O otimismo por si só, é meio tonto. Ele precisa estar apoiado em planejamento e ação”, afirma o psiquiatra Daniel Martins de Barros, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.

Autor de livros sobre saúde mental e youtuber, Martins de Barros explica que o excesso de positividade – achar que “tudo vai dar certo” ou que “no final, tudo dá certo – pode impedir as pessoas de se preparem para momentos de adversidades, que são comuns em qualquer trajetória de vida.

“O ideal é evitar o viés de autoconfiança e se planejar também para o que pode dar errado”, afirma Martins de Barros.

O neurologista Fernando Gomes, conhecido por suas participações na Globo e na CNN e pelo perfil @drfernandoneuro, aponta que a prática de esportes é uma forma eficiente de treinar o cérebro para um “otimismo realista”, que não seja tóxico.

“O atleta se prepara – ele sabe que precisa se preparar, mas também aprende que nem sempre vence – que há circunstâncias que não dependem dele, ainda assim ele se dispõe a tentar”, afirma o neurologista.

Segundo Fernando Gomes, quando o cérebro é otimista, ainda que as coisas não saiam exatamente como o que foi planejado, há ganhos a serem celebrados. “No fim das contas, pelo menos, leva-se o aprendizado”, afirma.

Veja 5 ações que, de acordo com os especialistas, treinam o cérebro para ser mais positivo:

  1. Meditar;
  2. Praticar esportes;
  3. Ser sociável;
  4. Agradecer;
  5. Sorrir.


* A jornalista viajou ao Congresso Brasileiro do Cérebro, Comportamento e Emoções 2024, no Rio de Janeiro, a convite dos organizadores do evento.

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