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Como se proteger de spray sedativo no carro? Médicos ensinam

A fotógrafa Bruna Custódio, de 32 anos, acusou motorista de um aplicativo de transporte de tentar dopá-la durante uma corrida em São Paul

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Spray
1 de 1 Spray - Foto: Getty Images

A fotógrafa Bruna Custódio, de 32 anos, acusou um motorista de aplicativo de ter tentado dopá-la durante uma corrida em São Paulo. Nos últimos meses, relatos semelhantes foram feitos por mulheres de diferentes estados do país.

Bruna contou, via redes sociais, que estava no carro de um motorista da 99 quando começou a se sentir zonza e ficar com a visão turva inesperadamente. O caso teria acontecido por volta das 20h30, quando ela sai do trabalho, na Zona Sul de São Paulo. O mal estar teria começado após ela sentir um cheiro forte vindo do ar-condicionado.

Sintomas assim podem ser provocados pelo uso de solventes como éter, clorofórmio ou metano. Os relatos das vítimas coincidem ao dizer que o cheiro começou após os acusados terem borrifado algo no ar ou ligado o sistema de ar condicionado.

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A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado
Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral
A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação
Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo
A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral
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A violência contra a mulher é qualquer ação ou conduta que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico a ela, tanto no âmbito público como no privado

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Esse tipo de agressão pode ocorrer de diferentes formas: física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral

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A violência psicológica caracteriza-se por qualquer conduta que cause dano emocional, como chantagem, insulto ou humilhação

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Já a violência sexual é aquela em que a vítima é obrigada a manter ou presenciar relação sexual não consensual. O impedimento de uso de métodos contraceptivos e imposição de aborto, matrimônio ou prostituição também são violências desse tipo

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A violência patrimonial diz respeito à retenção, subtração, destruição parcial ou total dos bens ou recursos da mulher. Acusação de traição, invasão de propriedade e xingamentos são exemplos de violência moral

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A violência pode ocorrer no âmbito doméstico, familiar e em qualquer relação íntima de afeto. Toda mulher que seja vítima de agressão deve ser protegida pela lei

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Segundo a Secretaria da Mulher, a cada 2 segundos uma mulher é vítima de violência no Brasil. A pasta orienta que ameaças, violência, abuso sexual e confinamento devem ser denunciados

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A denúncia de violência contra a mulher pode ser feita pelo 190 da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), na Central de Atendimento da Mulher pelo 180 ou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), que funciona 24 horas

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O aplicativo Proteja-se também é um meio de denúncia. Nele, a pessoa poderá ser atendida por meio de um chat ou em libras. É possível incluir fotos e vídeos à denúncia

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A Campanha Sinal Vermelho é outra forma de denunciar uma situação de violência sem precisar usar palavras. A vítima pode ir a uma farmácia ou supermercado participante da ação e mostrar um X vermelho desenhado em uma das suas mãos ou em um papel

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Representantes ou entidades representativas de farmácias, condomínios, supermercados e hotéis em todo DF que quiserem aderir à campanha devem enviar um e-mail para sinalvermelho@mulher.df.gov.br

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Os centros especializados de Atendimento às Mulheres (Ceams) oferecem acolhimento e acompanhamento multidisciplinar. Os serviços podem ser solicitados por meio de cadastro no Agenda DF

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Homem que jogou água fervente na própria irmã é preso em Manaus

Agência Brasília
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A campanha Mulher, Você não Está Só foi criada para atendimento, acolhimento e proteção às mulheres em situação de violência que pode ter sido consequência, ou simplesmente agravada, pelo isolamento resultante da pandemia. Basta ligar para 61 994-150-635

Hugo Barreto/Metrópoles

A toxicologista da Rede Dasa, Maristela Andraus, explica que a inalação de produtos químicos tem efeito muito rápido, nos primeiros minutos após a aspiração.

Os solventes agem diretamente no cérebro, com efeitos que passam por quatro fases:

  1. Excitação, com euforia, tontura, náuseas, tosse e muita salivação;
  2. Depressão do cérebro, com confusão mental, visão embaçada, dor de cabeça e alucinações;
  3. Depressão profunda, com redução do estado de alerta, falta de coordenação motora e ocular, reflexos deprimidos e processos alucinatórios;
  4. Depressão tardia, levando à inconsciência, queda de pressão e convulsões.

“Em geral, os solventes são substâncias altamente voláteis, ou seja, evaporam rápido e por isso são também facilmente inaladas. Se a pessoa estiver em um ambiente pouco ventilado, pode sim sofrer os efeitos relatados (pela fotógrafa)”, afirma a médica.

O neurologista do Hospital Brasília, Thiago Taya, explica que a exposição aos vapores do éter causam sintomas neurodepressores. Eles diminuem a função do sistema nervoso central, que pode gerar uma sonolência e até levar ao coma.

“Substâncias inaladas vão para o sangue rapidamente porque, no momento em que chegam no alvéolo – a subunidade mais importante da via respiratória, onde o oxigênio penetra do sangue diretamente – elas caem diretamente no sangue”, explica o médico.

Como se proteger

Os solventes têm cheiros muito característicos. “O éter é adocicado, não remete a uma substância tão nociva quanto ela é. Já o clorofórmio – chamado de cola de sapateiro, usado como uma droga ilícita – tem um teor químico que o paciente consegue identificar, mas também não é tão desagradável, o que pode facilitar os casos de intoxicação”, afirma Taya.

Os especialistas recomendam que os passageiros deixem a janela aberta durante a viagem para dispersar qualquer substância presente no ambiente.

As máscaras de proteção usadas durante a pandemia também podem ajudar neste sentido, especialmente a N95, que veda a passagem de substâncias.

Desfecho

Segundo a fotógrafa, depois de andar cerca de 2 km desde o ponto de partida, o motorista parou no sinal de trânsito, olhou para o banco de trás e fechou o vidro do carro. Achando toda a situação muito estranha, ela pediu que a viagem fosse interrompida e mandou mensagem para a namorada.

A 99 afirmou, em nota, que bloqueou o motorista do sistema de cadastros da empresa.

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