Como se pega varíola dos macacos e quais são os sintomas iniciais
Autoridades estão em alerta para crescimento de casos de varíola dos macacos. Sintomas costumam aparecer 10 dias após a transmissão
atualizado
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Desde o início de maio, as autoridades de saúde monitoram um crescimento no número de casos de varíola dos macacos – uma infecção viral que é endêmica em algumas regiões da África, mas não costuma ser registrada em outras partes do mundo.
No domingo, as autoridades de saúde da Argentina, comunicaram que um morador de Buenos Aires, que regressou de uma viagem à Espanha, seria o primeiro caso provável da doença no país. No Brasil, ainda não há casos registrados da varíola dos macacos.
No cenário internacional, Reino Unido (20 casos), Espanha (30) e Portugal (37 casos) se destacam pela quantidade de casos registrados. Nestes países, a doença já vem sendo caracterizada como um pequeno surto e clubes identificados como pontos de transmissão foram fechados.
A disseminação da varíola dos macacos preocupa as autoridades de saúde, mas a comunidade científica reforça que o mundo não está diante de um problema tão grave como a Covid-19. Isso, por conta de dois motivos: a doença não é nem tão mortal, nem tão transmissível quanto o Sars-CoV-2.
Sintomas
O período de incubação do vírus que provoca a doença varia de sete a 21 dias. Os sintomas costumam aparecer após dez ou 14 dias do momento da infecção. Os primeiros sinais são febre, mal estar e dor e, cerca de três dias depois, os pacientes passam a apresentar bolhas por todo – parecidas com as da catapora, que evoluem para crostas. A doença termina no período entre três e quatro semanas.
Como se pega
A transmissão do vírus que causa a varíola dos macacos entre humanos ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes.
No surto dos países europeus, tem se verificado uma prevalência de casos entre homens que fazem sexo com homens. No entanto, até aqui, não há evidências de que a transmissão entre eles tenha sido por via sexual.
“A transmissão padrão é por contato com as lesões e com as secreções respiratórias. A hipótese de contato sexual, até que seja comprovada, só gera preconceito”, comenta a infectologista Ana Helena Germoglio, do Distrito Federal.
Autoridades de saúde alertam para aqueles que apresentarem mudanças incomuns na pele procurem um médico imediatamente.
Tratamento
Normalmente não é necessário realizar tratamento específico, pois os sintomas desaparecerem em algumas semanas. O médico, no entanto, pode indicar o uso de medicamentos que aliviam os sintomas mais rapidamente.