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Como recuperar a massa muscular perdida após internação da Covid

A sarcopenia – perda de massa muscular e força – é um sintoma relatado por várias pessoas que foram infectadas pelo coronavírus

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A Covid-19 se manifesta de diversas maneiras. Nos casos moderados e graves, em que os pacientes necessitam de internação, eles podem passar períodos prolongados acamados, sem se movimentar e acabam perdendo de forma progressiva a musculatura e a força. O quadro é denominado de sarcopenia.

A sarcopenia costuma ser uma condição natural entre os idosos. Em regra, o ser humano começa a perder massa muscular a partir dos 30 anos, mas ela só é percebida após os 60, causando desequilíbrio, dificuldades para andar, levantar da cadeira ou subir escadas, por exemplo. Nos quadros mais graves de Covid-19, ela pode ocorrer em pessoas mais jovens.

Durante a internação, este processo é acelerado pela imobilização prolongada no leito e pela ação de alguns medicamentos. A perda da musculatura começa após 10 dias de internação e é intensificada caso o paciente esteja intubado e sob sedação. Nesta situação, a musculatura fica completamente relaxada e sem uso.

Apesar de estar imóvel, o corpo consome bastante energia e essa energia é retira justamente dos músculos. As coxas e os braços costumam ser os mais afetados, mas a região abdominal e a dorsal também podem ser atingidas. Por isso é recorrente que os pacientes enfrentem dificuldades para andar ou segurar objetos logo após a alta.

O ortopedista Caio Gonçalves de Souza, gerente médico da Apsen Farmacêutica, explica que, como as reservas de açúcar se esgotam rapidamente, o organismo passa a usar lipídios (gordura) e músculos para enviar mais energia para o sistema imune.

Neste caso, existe um catabolismo (destruição) acentuado do tecido muscular, já que o custo energético para mantê-lo é maior que o de gordura. “Vale mais a pena para o corpo queimar músculo do que queimar gordura porque a gente gasta, em média, 25% a mais de energia para manter o músculo do que para manter a gordura”, explica. “Os pacientes mais velhos têm naturalmente menos massa muscular, então a perda é mais rápida”, completa.

Quando recuperados da infecção, os pacientes precisam iniciar tratamentos para reestabelecer a musculatura. Veja quais são as estratégias indicadas:

Fisioterapia

O primeiro passo é iniciar a fisioterapia respiratória ainda no hospital. Nesta etapa, o paciente vai ganhar capacidade respiratória para se exercitar. A maioria das pessoas pode precisar de fisioterapia para os braços e as pernas três vezes por semana por até seis meses. “Não é indicado que seja todos os dias porque vai forçar e machucar os músculos”, explica o ortopedista.

Exercícios físicos

Melhorando a parte respiratória, os recuperados já podem voltar a se exercitar. O ideal é que eles tenham o apoio de um educador físico neste momento e que as atividades sejam praticadas pelo menos três vezes por semana para estimular a musculatura.

Os exercícios de força, como musculação, natação, pilates e algumas modalidades de ioga, funcionam melhor porque provocam uma resistência que obriga o músculo a trabalhar contra. Durante a prática, as células sofrem micro lesões e se reconstituem para evitar um novo trauma.

Os exercícios aeróbicos – caminhada e corrida – são indicados para reestabelecer a parte respiratória, mas não contribuem para o ganho muscular.

Alimentação

Uma alimentação rica em proteínas é fundamental para a recuperação, pois ajuda a intensificar os músculos. O médico explica que a dieta proteica garante os aminoácidos necessários para a recuperação dos músculos.

Suplementação

A suplementação com proteína é uma estratégia usada para acelerar esse processo e para os casos em que houve uma perda significativa de massa muscular. O suplemento pode ser misturado com leite para conseguir um derivado maior de proteína. O preparo pode ser consumido nos lanches e entre as principais refeições.

A creatina é indicada para o pré-treino. O aminoácido oferece um pico energético que contribui para a realização dos exercícios. Estudos recentes sugerem ainda que a creatina age no sistema nervoso, o que poderia ajudar na recuperação das pessoas que sentem cansaço crônico após a infecção causada pelo novo coronavírus.

Saiba como o coronavírus ataca o corpo humano:

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