Até que as vacinas sejam liberadas para o grupo, pais e responsáveis devem tomar precauções para evitar que seus filhos sejam infectados pelo coronavírus.
O infectologista pediátrico da Maternidade Brasilia/Dasa, Felipe Teixeira, explica que as crianças continuam com risco menor para internações e mortes provocadas pela Covid-19. No entanto, como é o único grupo ainda não vacinado, elas podem formam o que os cientistas chamam de bolsões – um grupo mais suscetível à infecção.
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A Anvisa aprovou, em 16 de dezembro, a aplicação do imunizante da Pfizer em crianças de 5 a 11 anos. Para isso, será usada uma versão pediátrica da vacina, denominada Comirnaty
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A vacina é específica para crianças e tem concentração diferente da utilizada em adultos. A dose da Comirnaty equivale a um terço da aplicada em pessoas com mais de 12 anos
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A tampa do frasco da vacina virá na cor laranja, para facilitar a identificação pelas equipes de imunização e também por pais, mães e cuidadores que levarão as crianças para receberem a aplicação do fármaco
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Desde o início da pandemia, mais de 300 crianças entre 5 e 11 anos morreram em decorrência do coronavírus no Brasil
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Isso corresponde a 14,3 mortes por mês, ou uma a cada dois dias. Além disso, segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência da doença no público infantil é significativa. Fora o número de mortes, há milhares de hospitalizações
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De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenos
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Contudo, desde o aval para a aplicação da vacina em crianças, a Anvisa vem sofrendo críticas de Bolsonaro, de apoiadores do presidente e de grupos antivacina
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Para discutir imunização infantil, o Ministério da Saúde abriu consulta pública e anunciou que a vacinação pediátrica teria início em 14 de janeiro. Além disso, a apresentação de prescrição médica não será obrigatória
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Inicialmente, a intenção do governo era exigir prescrição. No entanto, após a audiência pública realizada com médicos e pesquisadores, o ministério decidiu recuar
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De acordo com a pasta, o imunizante usado será o da farmacêutica Pfizer e o intervalo sugerido entre cada dose será de oito semanas. Caso o menor não esteja acompanhado dos pais, ele deverá apresentar termo por escrito assinado pelo responsável
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Além disso, apesar de não ser necessária a prescrição médica para vacinação, o governo federal recomenda que os pais procurem um profissional da saúde antes de levar os filhos para tomar a vacina
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Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi grave
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Países como Israel, Chile, Canadá, Colômbia, Reino Unido, Argentina e Cuba, e a própria União Europeia, por exemplo, são alguns dos locais que autorizaram a vacinação contra a Covid-19 em crianças
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Nos Estados Unidos, a imunização infantil teve início em 3 de novembro. Até o momento, mais de 5 milhões de crianças já receberam a vacina contra Covid-19. Nenhuma morte foi registrada e eventos adversos graves foram raros
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A decisão do Ministério da Saúde de prolongar o intervalo das doses do imunizante contraria a orientação da Anvisa, que defende uma pausa de três semanas entre uma aplicação e outra para crianças de 5 a 11 anos
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Veja como protegê-las:
Vacinação dos familiares
As crianças mais novas acabam tendo maior dificuldade para usar a máscara corretamente ou respeitar o distanciamento social, medidas importantes para reduzir o risco de transmissão e infecção de vírus. Neste sentido, os pais, demais familiares e pessoas que convivem com crianças ajudam a protegê-las quando se vacinam.
“Se queremos proteger os menores de 5 anos, temos que estar com a família toda vacinada para evitar que os adultos, os adolescentes e as crianças maiores transmitam a doença para elas”, afirma o infectologista.
Embora o uso da máscara não seja mais obrigatório na maioria dos locais, o médico pondera que os adultos que vivem com crianças de até 5 anos sejam cautelosos em espaços com aglomerações para não levar o vírus para dentro de casa.
“A gente tem que usar máscara, seguir as medidas de higiene das mãos, evitar ter contato com a criança em caso de sintomas comuns de resfriados, como coriza e tosse. São medidas básicas de prevenção que temos falado durante toda a pandemia porque, se melhorarmos o ambiente ao redor delas, reduzimos o risco de transmissão”, explica Teixeira.
“É muito importante que os pais tenham essa responsabilidade de saber identificar os sintomas gripais para fazer o isolamento social. Em caso de suspeita, a criança não pode ser levada à escola, creche, parquinho e/ou áreas de convívio comum até que ela melhore”, enfatiza o infectologista.