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Estudo revela como acontecem as mudanças de comportamento da demência

Pesquisadores americanos descobriram que uma proteína famosa em casos de Alzheimer, a tau, pode estar relacionada aos sintomas de demência

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Ilustração mostra a sombra de uma pessoa com a cabeça cercada de nuvens - Metrópoles
1 de 1 Ilustração mostra a sombra de uma pessoa com a cabeça cercada de nuvens - Metrópoles - Foto: Gettyimages

Quando se fala de demência, o primeiro sintoma que vem à cabeça é a perda de memória. Porém, a neurodegeneração é responsável por uma série de outros sinais que aparecem aos poucos e não são tão perceptíveis: a maioria dos pacientes apresentam mudança de comportamento.

As pessoas podem ficar bravas de uma hora para a outra, muito nervosas, ansiosas ou apáticas, e até trocar completamente de personalidade. Os sintomas são comuns, mas a ciência ainda não sabia exatamente o que os desencadeava.

Porém, pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, avançaram no entendimento da situação. E a culpada é uma velha conhecida dos estudos sobre Alzheimer: a proteína tau.

A demência e o comportamento

Analisando as imagens dos cérebros de 128 pessoas em estágios iniciais de demência, os cientistas perceberam que a proteína pertuba a integridade de uma região do cérebro que é responsável por compreender e decidir como reagir ao que acontece ao nosso redor e processar os pensamentos e emoções — a rede saliente.

Quanto mais a área foi influenciada pela presença da tau, mais transtornos de comportamento foram detectados. Porém, em condições normais, a proteína é importante para a estabilidade dos neurônios. Os pesquisadores apontam que a mudança de personalidade e a tau têm uma relação, mas ainda não é possível mostrar causa e efeito.

“Nossas descobertas nos fornecem um alvo funcional para intervenção potencial. Em breve, poderemos ver se a estimulação cerebral altera essas relações”, explica o pesquisador Alexandru Iordan, um dos autores.

O estudo foi publicado na revista científica Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association em 4 de outubro. Os cientistas lembram que é preciso avançar ainda mais na pesquisa com outras populações e no entendimento de como a tau influencia o comportamento ao longo do tempo. Eles também esperam conseguir diminuir o sintoma em pacientes com demência em estágio inicial com uma corrente elétrica leve ou com um campo magnético por fora do cérebro.

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