metropoles.com

Cientistas descobrem como fazer células do cérebro rejuvenescerem

Com edição genética, foi possível tornar as células-tronco do cérebro de ratinhos em neurônios jovens, melhorando a saúde do órgão

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Gettyimages
Ilustração colorida mostra cérebro pintado de várias cores - Metrópoles
1 de 1 Ilustração colorida mostra cérebro pintado de várias cores - Metrópoles - Foto: Gettyimages

Um dos grandes desafios da ciência atualmente é desvendar como desacelerar o envelhecimento do cérebro e diminuir as chances de doenças neurodegenerativas, como a demência, se tornarem cada vez mais comuns. Pesquisadores americanos deram mais um passo rumo à resposta: e ela passa por um gene que controla o consumo de glicose por células-tronco.

Com o passar dos anos, as células-tronco do cérebro deixam de produzir novos neurônios, mas com a supressão de um gene específico, foi possível desencadear a produção das células fresquinhas. A ação promove o rejuvenescimento do órgão, que volta a funcionar melhor.

O experimento foi feito em ratos. Os cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, usaram a técnica CRISPR para definir quais são os genes que fazem diferença na produção de neurônios para o cérebro e desligá-los.

O gene Slc2a4, que se mostrou mais importante, regula o consumo de glicose pelas células-tronco e, quando desativado, permite que elas voltem a se transformar em neurônios. Quando a mudança foi feita em ratinhos jovens, as células-tronco não foram afetadas.

Em entrevista à revista Nature, o neurocientista Saul Villeda, da Universidade da Califórnia em São Francisco, afirma que o estudo oferece informações cruciais. “Elas são importantes para o desenvolvimento de terapias celulares que, um dia, podem tratar doenças neurodegenerativas”, explica. O especialista não participou do estudo.

Os resultados se unem a um corpo de evidências cada vez mais robusto sobre a relação entre o metabolismo da glicose e o envelhecimento. Pesquisas recentes sugerem, inclusive, que algumas drogas para tratar diabetes podem diminuir o declínio cognitivo em macacos.

Ilustração colorida mostra vários médicos e cientistas investigando o cérebro de uma pessoa - Metrópoles
A ciência avança cada vez mais para entender como o cérebro funciona

Cérebro novinho

Os resultados em ratinhos são promissores, mas a comunidade científica ainda não descobriu exatamente se e onde os novos neurônios são produzidos em humanos, e como isso muda em pessoas com Alzheimer ou outras doenças psiquiátricas.

Nos ratos, o cenário é mais claro: as células-tronco ficam em uma região do cérebro chamada zona subventricular, e os novos neurônios migram para o bulbo olfatório quando estão prontos. A viagem faz sentido, uma vez que os animais dependem dos cheiros para perceber o que está acontecendo com o ambiente.

Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?