1 de 1 Foto colorida de agentes retirando fazendo vistoria
- Foto: Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde
O número de casos de dengue continuam a crescer no Brasil. O Distrito Federal já registrou quase 30 mil casos prováveis e seis mortes pela doença, e está em situação de emergência em saúde pública devido ao cenário epidemiológico de infecções causadas pelo mosquito Aedes aegypti.
O cenário exige medidas preventivas tanto por parte do governo quanto da população. O combate à proliferação do mosquito deve começar no ambiente doméstico, sobretudo em áreas onde a água parada pode servir como criadouro para o mosquito.
“Água parada é o principal fator de risco para a proliferação do Aedes aegypti. Controlar essa variável é fundamental para transformar o lar em um ambiente seguro, livre da ameaça representada pelo mosquito. Combater o vetor significa reduzir a incidência das doenças”, afirma o infectologista Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professor da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP) – Campus Guarujá.
Como evitar que a sua casa se torne um criadouro de mosquito:
O infectologista faz um alerta para pessoas cujo hobby é criar plantas em casa, especialmente as espécies que ficam dentro d’água e sem terra. O ideal é trocar a água dos recipientes regularmente, preferencialmente a cada três dias.
“Além disso, é aconselhável cobrir os recipientes com telas ou usar tampas para permitir a passagem de luz e ar, mas impedindo o acesso dos mosquitos à água. Outra estratégia eficaz é a utilização de larvicidas biológicos ou químicos apropriados para o cultivo. Os produtos ajudam a eliminar as larvas do mosquito sem causar danos ao meio ambiente ou às espécies vegetais”, orienta Weissmann.
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Dengue, zika e chikungunya são doenças cujos nomes são conhecidos no Brasil. Os três vírus transmitidos pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti, têm maior incidência no país em períodos de chuva e calor, e apresentam sintomas parecidos, apesar de pequenas sutilezas os diferenciarem
Joao Paulo Burini
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Febre, dor no corpo e manchas vermelhas são sintomas comuns da dengue e das outras as doenças. Apesar disso, a forma distinta como evoluem, a duração dos sintomas e o grau de complicação são algumas das diferenças entre elas
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Estar atento aos sinais e saber identificar as distinções é importante para um diagnóstico e tratamento precisos, pois, apesar do que se pensa, essas doenças são perigosas e podem matar
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Na dengue, os sinais e sintomas duram entre dois e sete dias. As complicações mais frequentes, além das já mencionadas, são dor abdominal, desidratação grave, problemas no fígado e neurológicos, além de dengue hemorrágica
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Além disso, dores atrás dos olhos e sangramentos nas mucosas, como a boca e o nariz, também podem acontecer em pacientes que contraem a dengue
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Os sintomas da zika são iguais aos da dengue, só que a infecção não costuma ser tão severa e passa mais rápido. Há, no entanto, um complicador caso a pessoa infectada esteja grávida
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Nestas situações, a doença pode prejudicar o bebê em formação causando microcefalia, alterações neurológicas e/ou síndrome de Guillain-Barré, no qual o sistema nervoso passa a atacar as células nervosas do próprio organismo
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Já os sintomas da chikungunya duram até 15 dias e, segundo especialistas, provoca mais dores no corpo, entre as três doenças
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Assim como a infecção pela zika, a chikungunya pode resultar em alterações neurológicas e síndrome de Guillain-Barré
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Apesar de não existirem tratamentos para as doenças, há medicamentos que podem aliviar os sintomas, bem como a indicação de repouso total. Além disso, aspirinas não devem ser utilizadas, pois podem piorar o quadro do paciente
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Caso haja suspeita de infecção por qualquer um dos vírus, é importante ir ao hospital para identificar do que se trata e, assim, iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível
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O Aedes aegypti é um mosquito que se aproveita de lixo espalhado e locais mal cuidados e é favorecido pelo calor e pela chuva. Por isso, impedir a presença de água parada em sua casa, rua e empresa é o suficiente para travar a proliferação do inseto
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Elimine outros pontos de água parada como vasos, pneus, garrafas e outros recipientes que possam acumular água. Limpe calhas e lajes regularmente para evitar que o líquido fique parado. Mantenha as caixas d’água, cisternas e outros reservatórios devidamente fechados.
Evite o excesso de umidade do ar
Além de evitar os focos de água parada, o infectologista pede que as pessoas evitem umidificar o ambiente. Um quarto muito úmido favorece o crescimento de fungos, ácaros e a reprodução do Aedes aegypti.
“Recomenda-se manter a umidade relativa do ar controlada, idealmente entre 40% e 60%. Isso pode ser alcançado através de uma boa ventilação, uso de desumidificadores em áreas muito úmidas, e corrigindo vazamentos ou problemas de infiltração que possam aumentar a umidade interna”, destaca Weissmann.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Telas e mosquiteiros
Outra forma de proteger a casa é por meio de telas nas janelas para impedir que os mosquitos entrem. Para aumentar a proteção das crianças em locais com maior quantidade de insetos, o médico sugere a instalação de mosquiteiros ao redor das camas e berços.
A utilização de ar-condicionado em temperaturas baixas também é indicada: ele ajuda a reduzir a atividade e circulação do mosquito dentro de casa, assim como o risco da picada pelo inseto.
Raquetes e repelentes funcionam contra mosquitos?
Dispositivos como a raquete elétrica e o repelente líquido usado nas tomadas oferecem uma proteção adicional, porém não causam efeitos na raiz do problema. Interferir no ciclo de vida e reprodução do Aedes aegypti sempre será a medida mais eficaz para combater a dengue, assim como a vacina, segundo o infectologista.
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