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Como enfrentar o medo do coronavírus depois de ser infectado?

Psicóloga da Fiocruz sugere práticas que aliviam angústias e ansiedade dos pacientes diagnosticados com a Covid-19

atualizado

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Em meio à pandemia do novo coronavírus, muito tem se falado sobre como manter a saúde mental. A psicóloga Juliana Martins Rodrigues, coordenadora técnica de Saúde Mental do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz)  lembra que, nesse momento, é importante pensar também em quem está com os sintomas e foi diagnosticado com a Covid-19.

O medo do desfecho da doença, as notícias falsas divulgadas em redes sociais e o isolamento podem trazer medos, angústias e ansiedade para os pacientes. Algumas recomendações da psicóloga podem fazer com que o momento delicado seja enfrentado com mais leveza.

Informe-se
A psicóloga sugere que as pessoas não sofram por antecipação,  imaginando um desfecho trágico para o próprio caso. O conhecimento, segundo ela, ajuda a dissolver o medo. Procure saber o número de pessoas que se curaram da Covid-19 e não apenas os óbitos.

Ela lembra que a exposição excessiva às redes sociais faz com que as pessoas tenham acesso a todo tipo de notícia, inclusive as falsas que têm um poder enorme de aumentar a ansiedade. “Ter informações confiáveis sobre a doença, estar ciente sobre precauções específicas, reduz a ansiedade”.

Não sofra sozinho
Juliana explica que conversar com familiares, pessoas de confiança e terapeutas ajuda a lidar com os medos e apreensões. “Esconder que está infectado só vai trazer mais angústia e preocupação”, garante.

Ela lembra que o preconceito com pessoas infectadas, cumprindo o isolamento, é um erro, uma vez que elas estão seguindo os protocolos de tratamento e evitando a disseminação do coronavírus.

Tenha confiança
A confiança é tratada como um trabalho conjunto entre o próprio paciente acreditar na capacidade de recuperação dele e a equipe médica que está fazendo o seu tratamento.

“Um tratamento humanizado, onde você olha, escuta, conversa, demonstra que a pessoa tem suporte para lidar com a doença, mostra empatia e transmite sentimentos de segurança, calma e esperança, tudo isso reduz bastante a ansiedade”, afirma Juliana.

Ocupe a mente
Trabalhar a criatividade é muito importante nesse momento e proporciona alívio para o estresse. Escrever, pintar, escutar música, ver filmes e séries entram na lista de opções da psicóloga.

“As dores, as doenças, os medos, fazem parte da vida, isso de certa forma é inevitável, mas podemos aprender a lidar melhor com os impactos emocionais de estar infectado”, completa.

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