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Como diferenciar uma gripe comum do novo coronavírus?

O vírus afeta o trato respiratório inferior: maioria dos infectados apresenta tosse seca, falta de ar ou pneumonia, mas não dor de garganta

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Guido Mieth/GettyImages
Fotografia colorida. Mulher usa pano para assoar nariz
1 de 1 Fotografia colorida. Mulher usa pano para assoar nariz - Foto: Guido Mieth/GettyImages

À primeira vista, os sintomas do novo coronavírus, surgido na China, são semelhantes aos de um resfriado ou gripe comuns.

Os sintomas mais comuns incluem:

  • Febre;
  • Tosse seca;
  • Falta de ar;
  • Dores musculares e
  • Fadiga.

Entre o sintomas menos comuns estão:

  • Acúmulo de muco nas vias aéreas;
  • Dor de cabeça;
  • Expectoração com presença de sangue (hemoptise) e
  • Diarreia.

Sintomas atípicos para o coronavírus:

  • Coriza e
  • Dor de garganta.

Coriza e dor de garganta são sinais típicos de infecção respiratória do trato superior. Portanto, aqueles que têm crises de espirros ou nariz escorrendo provavelmente têm gripe ou resfriado comum. Como o novo coronavírus geralmente afeta o trato respiratório inferior, a maioria dos infectados apresenta tosse seca, falta de ar ou pneumonia, mas não dor de garganta.

Gripe ou resfriado?
Até os médicos podem ter dificuldade em distinguir entre um caso de infecção por influenza e um resfriado comum quando confrontados com os sintomas de um paciente.

Com um resfriado, a maioria das pessoas fica com a garganta arranhando, depois, o nariz escorrendo e, eventualmente, desenvolve tosse. Esses sintomas, assim como febre e dor de cabeça, podem atormentar uma pessoa por dias, fazendo com que se sinta apática.

Já a gripe atinge a pessoa de uma só vez: a cabeça e os membros de um paciente com gripe doem, uma tosse seca começa, a voz fica rouca, ocorrem dores na garganta e febre alta (até 41 °C), geralmente acompanhada de calafrios. O paciente só quer ficar na cama, sente-se exausto, não tem apetite e pode dormir por horas a fio.

Um resfriado comum geralmente passa dentro de alguns dias, e a maioria dos sintomas desaparece após cerca de uma semana. Uma gripe é mais persistente, mantendo a pessoa acamada por pelo menos uma semana, e em alguns casos leva várias semanas até que a pessoa realmente se sinta saudável novamente.

Quando antibióticos devem ser usados?
A maioria dos resfriados e gripes é causada por vírus, contra os quais os antibióticos são inúteis. Antibióticos fortalecem as defesas do corpo, matando ou impedindo o crescimento de bactérias, mas também atacam as paredes celulares ou processos metabólicos de microrganismos.

A penicilina, por exemplo, destrói a síntese de bactérias na parede celular. As paredes celulares porosas tornam impossível a sobrevivência dos patógenos, literalmente causando a explosão. Mas isso só funciona em bactérias, e não em vírus.

O uso de antibióticos faz sentido nos casos em que as bactérias entram no corpo de alguém que está com o sistema imunológico enfraquecido, e começam a se multiplicar. Esse processo pode levar a uma infecção, e, às vezes, causa danos permanentes em órgãos. Pneumonia, amigdalite, cistite e meningite são frequentemente causadas por bactérias – portanto, faz sentido combatê-las com antibióticos.

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