1 de 1 Ilustração com uma linha contínua mostra uma mulher fazendo o autoexame da mama em fundo rosa - Metrópoles
- Foto: Getty Images
Em muitos casos de câncer de mama, os médicos são reticentes ao falar em cura: anos depois, a doença pode ressurgir ainda mais forte e perigosa. Em um novo avanço, pesquisadores do Instituto de Pesquisa do Câncer, no Reino Unido, descobriram como exatamente as células tumorais “hibernam” — a informação pode ajudar a desenvolver tratamentos mais efetivos no futuro.
“Queriamos entender melhor porque o câncer de mama retorna e encontrar maneiras de pará-lo — assim, as pessoas não precisarão viver com medo de recidiva. Nossa pesquisa identificou o mecanismo chave usado pelo câncer para fugir da terapia. Elas entram em dormência, hibernando por anos até que ‘acordam’ e voltam a se dividir rapidamente de novo”, explica o professor Luca Magnani, um dos pesquisadores responsáveis pelo levantamento, em entrevista ao site do Instituto de Pesquisa do Câncer.
16 imagens
1 de 16
Câncer de mama é uma doença caracterizada pela multiplicação desordenada de células da mama causando tumor. Apesar de acometer, principalmente, mulheres, a enfermidade também pode ser diagnosticada em homens
Sakan Piriyapongsak / EyeEm/ Getty Images
2 de 16
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados cedo, apresentam bom prognóstico
Science Photo Library - ROGER HARRIS/ Getty Images
3 de 16
Não há uma causa específica para a doença. Contudo, fatores ambientais, genéticos, hormonais e comportamentais podem aumentar o risco de desenvolvimento da enfermidade. Além disso, o risco aumenta com a idade, sendo comum em pessoas com mais de 50 anos
Jupiterimages/ Getty Images
4 de 16
Apesar de haver chances reais de cura se diagnosticado precocemente, o câncer de mama é desafiador. Muitas vezes, leva a força, os cabelos, os seios, a autoestima e, em alguns casos, a vida. Segundo o Inca, a enfermidade é responsável pelo maior número de óbitos por câncer na população feminina brasileira
wera Rodsawang/ Getty Images
5 de 16
Os principais sinais da doença são o aparecimento de caroços ou nódulos endurecidos e geralmente indolores. Além desses, alteração na característica da pele ou do bico dos seios, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, nódulos no pescoço ou na região das axilas e pele da mama vermelha ou parecida com casca de laranja são outros sintomas
Boy_Anupong/ Getty Images
6 de 16
O famoso autoexame é extremamente importante na identificação precoce da doença. No entanto, para fazê-lo corretamente é importante realizar a avaliação em três momentos diferentes: em frente ao espelho, em pé e deitada
Annette Bunch/ Getty Images
7 de 16
Faça o autoexame. Em frente ao espelho, tire toda a roupa e observe os seios com os braços caídos. Em seguida, levante os braços e verifique as mamas. Por fim, coloque as mãos apoiadas na bacia, fazendo pressão para observar se existe alguma alteração na superfície dos seios
Metrópoles
8 de 16
A palpação de pé deve ser feita durante o banho com o corpo molhado e as mãos ensaboadas. Para isso, levante o braço esquerdo, colocando a mão atrás da cabeça. Em seguida, apalpe cuidadosamente a mama esquerda com a mão direita. Repita os passos no seio direito
Metrópoles
9 de 16
A palpação deve ser feita com os dedos da mão juntos e esticados, em movimentos circulares em toda a mama e de cima para baixo. Depois da palpação, deve-se também pressionar os mamilos suavemente para observar se existe a saída de qualquer líquido
Saran Sinsaward / EyeEm/ Getty Images
10 de 16
Por fim, deitada, coloque a mão esquerda na nuca. Em seguida, com a mão direita, apalpe o seio esquerdo verificando toda a região. Esses passos devem ser repetidos no seio direito para terminar a avaliação das duas mamas
FG Trade/ Getty Images
11 de 16
Mulheres após os 20 anos que tenham casos de câncer na família ou com mais de 40 anos sem casos de câncer na família devem realizar o autoexame da mama para prevenir e diagnosticar precocemente a doença
AlexanderFord/ Getty Images
12 de 16
O autoexame também pode ser feito por homens, que apesar da atipicidade, podem sofrer com esse tipo de câncer, apresentando sintomas semelhantes
SCIENCE PHOTO LIBRARY/ Getty Images
13 de 16
De acordo com especialistas, diante da suspeita da doença, é importante procurar um médico para dar início a exames oficiais, como a mamografia e análises laboratoriais, capazes de apontar a presença da enfermidade
andresr/ Getty Images
14 de 16
É importante saber que a presença de pequenos nódulos na mama não indica, necessariamente, que um câncer está se desenvolvendo. No entanto, se esse nódulo for aumentando ao longo do tempo ou se causar outros sintomas, pode indicar malignidade e, por isso, deve ser investigado por um médico
Westend61/ Getty Images
15 de 16
O tratamento do câncer de mama dependerá da extensão da doença e das características do tumor. Contudo, pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
Peter Dazeley/ Getty Images
16 de 16
Os resultados, porém, são melhores quando a doença é diagnosticada no início. No caso de ter se espalhado para outros órgãos (metástases), o tratamento buscará prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida do paciente
Burak Karademir/ Getty Images
O levantamento foi publicado na última quinta (21/3) na revista científica Cancer Discovery. Os pesquisadores identificaram modificações genéticas que são responsáveis pela hibernação das células, e a enzima que promove a ação. A G9a promove a catalização de uma proteína que causa a dormência do tumor e, quando foi inibida, as células não entravam em hibernação e aquelas que já estavam dormindo, morriam.
“O estudo usou uma abordagem inovadora para analisar a genética das células dormentes e conseguiu informações importantes sobre o mecanismo de hibernação. Apesar de estar em uma etapa inicial, os achados revelam novos alvos potenciais para o desenvolvimento de tratamentos para prevenir a volta do câncer de mama”, afirma o pesquisador Tayyba Jiwani, que é gerente da Cancer Research UK, que patrocinou a pesquisa.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!