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Comidas gordurosas afetam a capacidade do cérebro de regular calorias

O cérebro regula as calorias ingeridas, mas pode perder esse controle na presença de muita gordura no organismo, de acordo com estudo

atualizado

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Na foto, dois hamburgueres, batata frita e refrigerante vistos de cima. - Metrópoles
1 de 1 Na foto, dois hamburgueres, batata frita e refrigerante vistos de cima. - Metrópoles - Foto: Reprodução/ Pexels

Que comidas muito gordurosas trazem uma série de malefícios à saúde não é novidade. E agora, mais um item para adicionar à lista: dietas com alto teor de gordura podem atrapalhar a capacidade do cérebro de regular a ingestão de calorias. O estudo foi publicado no The Journal of Physicology no dia 25 de janeiro.

Os cientistas da Penn State College of Medicine, nos Estados Unidos, alimentaram um grupo de ratos com uma dieta rica em gorduras e calorias por um período de um, três, cinco ou 14 dias, e outro grupo com uma dieta padrão de controle.

A equipe, além de registrar a ingestão de alimentos e o peso corporal dos roedores, também usou técnicas de edição genética para direcionar e monitorar circuitos neurais específicos, incluindo dos astrócitos – células do cérebro que, ao presenciar alto teor de gordura e calorias no organismo, agem freando a ingestão de alimentos e equilibrando o que é consumido.

Os cientistas perceberam que, ao seguir cerca de cinco dias de uma dieta rica em gorduras e calorias, o caminho neural dos ratinhos era interrompido, e o cérebro deixava de fazer essa regulação de quando é preciso parar de comer ou é hora de trocar o tipo de alimento.

Os pesquisadores também inibiram os astrócitos no tronco cerebral dos roedores e conseguiram comprovar que as células estão relacionadas à redução da comunicação do intestino com o cérebro e à falta de regulação da ingestão de alimentos.

Ainda não se sabe ao certo como esses astrócitos controlam o que acontece no instestino, mas, de acordo com os pesquisadores, existe uma ligação. E, embora o estudo tenha analisado apenas os hábitos alimentares de ratos, existem boas razões para acreditar que o mesmo se aplica aos seres humanos.

Os cientistas dizem que o próximo passo é descobrir se é possível reativar a aparente capacidade perdida do cérebro de regular a ingestão de calorias. E, em caso positivo, se isso pode levar a intervenções para ajudar a restaurar a regulação de calorias em seres humanos.

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