Alimentação sustentável reduz o risco de ficar doente, afirma estudo
Manter uma dieta sustentável ajudou a evitar doenças como o câncer, infecções, doenças cardiovasculares e respiratórias
atualizado
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A produção de alimentos pode ser muito nociva ao meio-ambiente, especialmente a de carne bovina. Uma pesquisa feita por médicos da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que ter uma alimentação sustentável, produzida sem prejudicar a natureza, também contribui para a longevidade ao diminuir o risco de ficar doente.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas seguindo uma dieta mais ambientalmente responsável tiveram 25% menos probabilidade de morrer ao longo dos 30 anos em que foi feito o estudo, quando comparados aos que seguem um cardápio menos sustentável.
A pesquisa foi feita com 63 mil mulheres e 44 mil homens que tiveram sua alimentação comparada no Índice de Dieta de Saúde Planetária (PHDI, em inglês). O PHDI pontua os alimentos com notas de zero a 150 de acordo com os impactos que produzir cada comida tem para a natureza.
Dieta sustentável e também saudável
Segundo o estudo, os 20% dos voluntários que tinham melhores pontuações no PHDI tinham um risco 25% menor de morte por qualquer causa em comparação aos 20% que pontuaram na faixa mais baixa. A dieta sustentável também foi associada a um risco 15% menor de morte por câncer ou doenças cardiovasculares, uma chance 20% menor de morte por doença neurodegenerativa e 50% menor de morte por doenças respiratórias.
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Os alimentos com melhores notas neste índice são os grãos integrais, frutas da estação, vegetais sem amido, nozes, amendoins e óleos insaturados (produzidos a partir de plantas). Na ponta oposta estão os ovos, carnes vermelhas e alimentos ultraprocessados.
“Um padrão alimentar sustentável não deve ser apenas saudável, mas também consistente dentro dos limites planetários para emissões de gases de efeito estufa e outros parâmetros ambientais”, afirma a médica Linh Bui, de Harvard, autora principal do estudo.
As novas descobertas foram apresentadas durante o Nutrition 2023, o encontro nacional de nutricionistas dos EUA, realizado em julho. Elas sugerem que comer alimentos mais amigáveis ao planeta pode ajudar a reduzir o risco de morte de uma pessoa por causas como câncer, doenças cardíacas, doenças respiratórias e doenças neurodegenerativas.
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