Comer rápido e sem mastigar pode levar a diabetes, alerta especialista
Sarah Berry, pesquisadora e professora associada do King’s College, de Londres, explicou o quanto o hábito de comer rápido é prejudicial
atualizado
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Na correria diária, é comum que as pessoas não se atentem a um hábito simples, mas que faz total diferença no processo para manter o peso ideal. Mastigar bem o alimento pode ser determinante para uma melhor digestão, além de que proporcionar menos desgaste dos dentes e, por consequência, menos problemas médicos.
A nutróloga Sarah Berry, pesquisadora e professora associada do King’s College, de Londres, alerta que engolir a comida sem mastigar adequadamente não é bom. Ela explica que o ato de se alimentar envolve muito mais do que aumentar, baixar ou conservar o peso corporal.
“O seu cérebro precisa de tempo para perceber que está satisfeito. Estudos mostraram que leva entre cinco ou até 20 minutos para sua mente entender o que ocorreu na sua barriga”, explicou Sarah, no podcast ZOE Science and Nutrition, apresentado por Jonathan Wolf.
Comer mais devagar e mastigar bem a comida aumenta a resposta dos hormônios reguladores do apetite, como leptina, adiponectina e grelina, o que pode ajudar a manter um peso saudável. Comer rápido faz com que a pessoa coma mais do que o necessário e isso resulta em acúmulo de gordura visceral. “Esse é o tipo de gordura que fica dentro de suas paredes abdominais e envolve todos os seus órgãos”, diz Sarah.
Problemas de saúde
O simples hábito de comer rápido é capaz de expor as pessoas a diabetes tipo 2 e a problemas cardiometabólicos, que podem resultar em ataques cardíacos e derrames. A nutróloga mencionou um estudo de 2017, no qual um cardiologista da Universidade de Hiroshima, no Japão, descobriu que aqueles que comem rápido têm quase o dobro de chances de desenvolver a síndrome metabólica.
A síndrome metabólica é um termo médico para descrever o quadro onde há problemas como diabetes, pressão alta, obesidade e gordura no fígado. “E estudos apontam que mastigar mais devagar estimula a liberação de insulina, o que significa melhor controle da glicose e, portanto, menor chance de diabetes”, lembrou Sarah.
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