metropoles.com

Comer pizza duas vezes na semana melhora rendimento de atletas

Estudo inédito revela que pessoas que fazem dieta restritiva e treinam crossfit tiveram melhor rendimento depois de burlar o plano alimentar

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Alan Hardman, Unsplash
pizza crossfit
1 de 1 pizza crossfit - Foto: Alan Hardman, Unsplash

Treinar forte e fazer uma dieta restritiva não é necessariamente uma equação de sucesso, conforme informações de um estudo inédito publicado recentemente no Journal of Sports Sciences e produzido por pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A análise revelou que atletas de crossfit que burlaram o plano alimentar comendo pizza duas vezes na semana tiveram um desempenho melhor do que aqueles que mantiveram 100% da dieta.

Esse é o primeiro estudo sobre características clínicas, metabólicas e hormonais no crossfit. Um dos autores é o endocrinologista brasileiro Flávio Cadegiani. “Para esses atletas, enganar a dieta algumas vezes pode ser altamente benéfico, pois aumenta o desempenho e, paradoxalmente, induz a queima de gordura”, explica o especialista. Os 39 atletas selecionados eram de alto nível e seguiam uma dieta restritiva em carboidratos. Eles foram acompanhados durante três meses, fazendo desde exames de sangue até análises de comportamento psicológico.

Segundo o médico, a justificativa para comer pizza e ter melhor rendimento é metabólica, pois quando o corpo fica muito tempo em uma dieta restritiva, o metabolismo fica mais lento, atuando em modo “energy safe” – o que significa que o corpo usa a energia que está guardada e, em vez de queimar gordura, passa a queimar músculo.

A pesquisa comprova que o metabolismo de quem não saiu da dieta (dieta rígida e seguida por atletas de alto nível) caiu seis vezes mais do que o daqueles que cometeram suas extravagâncias. “Acreditamos que isso tem a ver com a maior disponibilidade de energia oferecida pelas fontes de carboidrato. Com mais combustível, o corpo dos atletas que burlaram a dieta restritiva trabalhou de forma mais eficiente. Melhorou a performance, a velocidade, a força e a execução”, relata Cadegiani.

Os atletas que seguem uma dieta de baixo carboidrato a longo prazo podem sofrer de uma “versão contemporânea” da síndrome do excesso de treinamento, desencadeada pela subalimentação pelo excesso de esforço, o que afeta hormônios, metabolismo, músculos, humor e hidratação corporal.

No caso do crossfit é preciso ter uma alimentação voltada para a prática, já que a modalidade demanda muita energia. “O corpo se adapta a padrões. Quando você faz o mesmo tipo de exercício duas ou três vezes, passa a gastar menos calorias. No crossfit, o treinamento é variado, ou seja, os exercícios são sempre ‘novidades’, sempre se gasta muita energia”, esclarece o profissional.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSaúde

Você quer ficar por dentro das notícias de saúde mais importantes e receber notificações em tempo real?