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Com vacinação avançada, EUA prevê imunidade de rebanho para junho

País é o que mais imunizou no mundo, com a marca de mais de 200 milhões de doses aplicadas

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Com vacinação avançada, EUA prevê imunidade de rebanho para junho
1 de 1 Com vacinação avançada, EUA prevê imunidade de rebanho para junho - Foto: Alexi Rosenfeld/Getty Images

Com um plano de vacinação rápido e doses adquiridas antecipadamente, os Estados Unidos lideram a lista das nações com mais doses do imunizante contra a Covid-19 aplicadas até o momento. Até a última terça-feira (20/4), o país tinha aplicado 213 milhões de doses das 272 milhões entregues – alcançando a meta de 200 milhões de aplicações antes dos 100 primeiros dias de governo do presidente Joe Biden.

“Em dezembro, estabeleci meta de administrar 100 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 nos meus primeiros 100 dias de governo. Naquele momento, alguns disseram que isso não poderia ser feito, mas nós conseguimos em 58 dias, graças à equipe incrível que eu tenho”, afirmou Biden em pronunciamento na quarta (21/4).

Cerca de 133,3 milhões de pessoas receberam pelo menos uma dose – dentro desse número, estão inclusos 86,2 milhões que tomaram a vacina da Johnson & Johnson, que só precisa de uma aplicação.

Segundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), 40% da população receberam pelo menos uma dose, e 26% estão totalmente vacinado. A expectativa do órgão é de que, se a campanha seguir o ritmo atual, com 3 milhões de doses aplicadas por dia, 70% dos americanos terão sido imunizados até 23/6, alcançando a chamada imunidade de rebanho.

Estão sendo aplicadas, até o momento, as vacinas da Pfizer/BioNTech (111,5 milhões de doses administradas), Moderna (93,6 milhões) e Johnson & Johnson (7,9 milhões). Cerca de 168,2 milhões de doses aplicadas não foram corretamente identificadas.

A vacinação nos Estados Unidos começou em 14 de dezembro, enquanto o país vivia uma alta nos casos que durou até 8 de janeiro, quando foram registradas 300 mil novas ocorrências de Covid-19 em 24h. A partir daí, os diagnósticos continuaram caindo até 20/2, e estão em um patamar estável desde então. Em 20/4, o país computou 64,5 mil novos casos e 729 mortes decorrentes da doença. Os óbitos seguem caindo desde 24/2, apontando platô desde o começo de abril.

Porém, apesar de estar em aparente estabilidade e com o aumento na velocidade de aplicação das doses, a maior parte dos EUA ainda deve permanecer em alerta. De acordo com o CDC, 44,32% do país estão com um nível de transmissão comunitária considerado alto pelo órgão.

A indicação é de que a população continue com as medidas de controle, usando máscara, evitando aglomerações e mantendo o distanciamento social. Porém, a decisão das restrições fica a cargo do governo de cada estado.

O CDC afirmou, em 15/4, que 5.800 pessoas vacinadas foram infectadas pelo vírus e 74 morreram em consequência da infecção até o momento. Entre os confirmados com Covid-19, apenas 7% precisaram ser hospitalizados. Não foram identificados padrões demográficos ou características da vacina administrada em cada um dos casos até o então.

O CDC ainda revisa óbitos que aconteceram após a imunização, para confirmar se há relação entre a fórmula da vacina e a causa da morte.

Reabertura

Com a aplicação das vacinas bastante adiantada, a maioria dos estados americanos já permitiu a reabertura do comércio, e muitos, principalmente as unidades federadas do centro e sul do país, retiraram a obrigatoriedade do uso de máscara. A utilização desse item ainda é obrigatória, por decreto do presidente, em aviões, trens e ônibus, além de prédios e agências federais.

Califórnia, Novo México, Kentucky, Wisconsin, Rhode Island e Delaware ainda recomendam para que a população fique em casa, se possível. As escolas estão abertas na maioria dos estados.

Na Califórnia, a população deve usar máscara e evitar sair de casa, mas todos os serviços estão abertos, menos bares. Igrejas, academias, salões de beleza, lojas e restaurantes estão liberados.

O cenário muda de acordo com o condado: é preciso três semanas de melhora antes de migrar para medidas menos restritivas e, caso piore por duas semanas, os serviços voltam a fechar. Em Los Angeles, por exemplo, o risco é moderado, e as empresas que atuam em local fechado podem abrir, desde que sigam as regras.

Se o panorama continuar melhorando, com hospitalização por Covid-19 em baixa e vacinação acontecendo, o governador do estado, o democrata Gavin Newsom, pretende retirar todas as restrições em 15/6.

No estado de Nova York, as máscaras são obrigatórias, e todos os serviços estão abertos, menos parques de diversão. Na próxima segunda (26/4), cinemas poderão aumentar ocupação para 33% dos assentos, e arenas poderão funcionar com 25% da capacidade a partir de 19/5.

Na Flórida, não há obrigação de uso de máscara, e o comércio está funcionando normalmente. O governador Ron DeSantis limitou a ação dos prefeitos, que não podem adotar medidas de restrição mais duras do que as do estado. O republicano também proibiu empresários de exigir prova da vacinação aos funcionários.

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