Com patadas, labrador resgata dona de crises convulsivas diárias
Lucy Brown tem convulsões semelhantes às da epilepsia todos os dias. Cão lambe e “cutuca” a dona até que ela recobre a consciência
atualizado
Compartilhar notícia
Cães costumam ter muita sinergia com os donos, mas o caso de Freddy, um labrador de 2 anos de idade e sua dona Lucy Brow, 20, certamente chama atenção. Após ser diagnosticada com transtorno de ataque não epilético (Nead, da sigla em inglês) – uma condição na qual o paciente perde a consciência e o controle dos membros, Lucy já chegou a ter mais de 100 convulsões em um único dia. Assim que a dona desmaia, o cão faz de tudo até ela recobrar a consciência, mesmo sem ter sido treinado.
Lambidas, patadas e cutucadas fazem parte das técnicas de Freddy para reavivar a dona. Por conta das constantes convulsões, Lucy teve que abrir mão do emprego, deixar a casa em que vivia com o namorado e voltar a morar com os pais na cidade de Warrington, na Inglaterra.
Quando está sozinha em casa, Lucy conta com Freddy para voltar mais rápido à consciência após as convulsões. Ao portal Daily Mail, a moça disse que não se lembra quando foi a primeira vez que o cachorro a ajudou, mas, pelo que lhe relataram, “ele simplesmente correu direto para mim, começando a lamber meu rosto e aconchegar seu corpo em mim”.
Lucy e Freddy estão juntos desde que o cachorro era filhote. As convulsões começaram na adolescência, mas a frequência das crises diminuiu até quase desaparecer durante a vida adulta. Contudo Lucy voltou a ter convulsões no início do ano, ainda mais severas e frequentes que as do passado
Inicialmente, Lucy foi diagnosticada com epilepsia, porém os exames levaram ao diagnóstico de transtorno de ataque não epilético. Segundo a ONG norte-americana Functional Neurological e Non Epileptic Disorder, o transtorno também é chamado de crise psicogênica, convulsões psicogênicas não epiléticas ou crise pseudoepilética.
A doença é semelhante à epilepsia, a diferença é que, em casos como o de Lucy, as crises não são causadas por atividade elétrica cerebral. Os sintomas associados podem incluir fadiga, dificuldades cognitivas, perda de memória, confusão em relação à convulsão e paralisia temporária de partes do corpo.
Em média, Lucy tem 10 convulsões por dia. As crises acontecem em qualquer lugar e, pelo menos duas vezes por mês, a média sobe para 20 a 30 convulsões/dia. O recorde foi de 100 convulsões no mesmo dia, em fevereiro deste ano.
Lucy tem medo de sofrer ataques a qualquer momento, por isso, perdeu muitos amigos e não sai mais sem a companhia de Freddy. Ela, contudo, tem esperança de que as crises desapareçam. (Com informações do Daily Mail)