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Com descontaminação, máscaras PFF2 podem ser reutilizadas por 25 vezes

Usando peróxido de hidrogênio, pesquisadores de Harvard conseguiram garantir a capacidade de filtragem do item mesmo após a limpeza

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máscara N95
1 de 1 máscara N95 - Foto: GettyImages

Com a intensificação da pandemia de Covid-19 e a necessidade do uso de máscaras para evitar a contaminação, é cada vez mais importante encontrar formas sustentáveis de manter a proteção. Pesquisadores do Centro Médico Beth Israel Deaconess, ligado à Faculdade de Medicina de Harvard, descobriram uma maneira de promover a reutilização das máscaras do tipo N95/PFF2 até 25 vezes, mas, para isso, o equipamento de proteção precisa passar por um método de descontaminação.

Utilizando uma substância chamada peróxido de hidrogênio vaporizado para a desinfecção das máscaras, os cientistas relataram que a equipe do hospital conseguiu reutilizar os respiradores várias vezes mantendo a função e a eficácia do equipamento. Os resultados foram divulgados na revista científica American Journal of Infection Control.

“As descobertas do nosso estudo expandem as descobertas anteriores e mostram que o peróxido de hidrogênio vaporizado é um método relativamente seguro para reprocessar máscaras PFF2 e pode ajudar a resolver a escassez em epidemias futuras“, disse a autora Christina F. Yen para o site do Centro Médico Beth Israel Deaconess.

Veja as principais orientações para a reutilização das máscaras N95/PFF2, segundo o perfil Qual a Máscara:

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A pesquisadora ainda destacou a importância de encontrar maneiras de levar esse método de desinfecção para hospitais menores e centros de saúde com recursos limitados, onde a reutilização dessas máscaras seria ainda mais necessária.

A equipe realizou uma série de testes qualitativos e quantitativos para avaliar a função e a eficácia de sete respiradores PFF2 usados ​​por três homens e quatro mulheres de junho a agosto de 2020. As avaliações consistiram em uma verificação do selo do usuário, teste de eficiência de filtragem e análise de como a máscara ainda se ajustava ao rosto.

Após 25 ciclos de descontaminação, os sete respiradores não possuíam alterações na integridade respiratória ou na eficiência de filtração. Todas as máscaras atendiam aos objetivos de função, mantendo uma filtração de 95% ou mais durante todo o estudo. Ao todo, os equipamentos passaram por 25 verificações de selagem do usuário e 12 testes de ajuste.

N95 e PFF2

Com o avanço das variantes do coronavírus nos últimos meses, a recomendação para uso de máscaras por parte da população mudou. Saem as máscaras de pano e entram as PFF2, ou N95, como são conhecidas as opções mais eficazes para o bloqueio de partículas. Nas últimas semanas, a KN95 tem se tornado cada vez mais popular no Brasil.

Apesar de o nome e o formato da KN95 ser semelhante ao da PFF2/N95, os itens não são iguais. “Cada país tem um padrão. O brasileiro é a PFF2, o americano é a N95, o coreano é F94. O chinês é a KN95. Mas cada lugar tem suas diferenças, e a versão chinesa tem problemas de vedação e filtragem”, explica o doutor em engenharia biomédica Vitor Mori, do Observatório Covid-19.

Um dos pontos que depõem contra a máscara KN95 é que o elástico prende atrás das orelhas, o que prejudica muito a vedação do item no rosto do usuário. Esta forma não permite uma pressão suficiente sem machucar as orelhas, e a máscara não fica tão firme. “A vedação prejudicada é um dos fatores mais importantes. Se ela fica folgada, o ar entra pelos vãos e diminui drasticamente a proteção”, explica Mori.

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